Cada vez mais a falta de estrogênio está sendo sentida só na maturidade. Isso ocorre, pois hoje em dia, como você já deve ter percebido, as meninas menstruam cada vez mais cedo e as mulheres entram na menopausa cada vez mais tarde. Isso faz com que o número de menstruações durante a vida seja maior
O estrogênio é responsável por multiplicar as células dos tecidos reprodutores e mamários e, com isso, a mulher fica exposta por um longo período a esse hormônio. Assim ela corre o risco de desenvolver erros na multiplicação e fica mais suscetível ao câncer de útero ou de mama.
Por outro lado, a carência desse hormônio durante a menopausa provoca os sintomas já muito conhecidos nessa fase — suadores, falta de lubrificação vaginal, depressão, entre muitos outros —, podendo afetar a vida da mulher em todos os aspectos, sejam eles emocionais, sociais e físicos.
Acompanhe o nosso artigo de hoje para saber mais sobre o que a falta de estrogênio pode causar no corpo feminino.
As principais consequências da falta de estrogênio
Esse é, sem dúvidas, um dos hormônios mais importantes do corpo feminino. Durante um período de baixa, muitos sintomas indesejáveis como os citados acima podem aparecer. Vamos explicar cada um deles logo abaixo. Entenda mais sobre eles e conheça, a seguir, uma alternativa para tratar esse problema.
Aumento do peso
Muitas mulheres na menopausa acabam ganhando peso e não entendem o motivo, já que a dieta não foi alterada. Isso acontece porque, como é de responsabilidade dos ovários produzir o estrogênio, eles acabam passando essa tarefa para as células de gordura.
O nosso corpo passa a entender que é preciso fabricar mais tecido adiposo para manter os níveis hormonais em equilíbrio, o que acaba refletindo nos números apontados na balança. O ganho de peso, porém, não é uma regra. Lembre-se que você pode fazer a sua parte e começar uma academia e tomar proteínas importantes para o melhor controle de seu peso e performance.
Problemas de memória
Foi observado em algumas mulheres a relação direta entre a falta de estrogênio e a perda de memória. Infelizmente os cientistas ainda não conseguiram descobrir qual é a real interação para esse mecanismo e ainda não é possível afirmar que a deficiência de estrogênio seja a real causa desse sintoma.
Alterações no humor
Sabemos que o desequilíbrio hormonal também afeta o humor e o comportamento das mulheres. A TPM (tensão pré-menstrual) está aí para provar isso todos os meses. Ocorre que uma queda nessa produção acaba modificando também os níveis de neurotransmissores importantes como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina.
Assim, uma baixa nos níveis de estrogênio causará, consequentemente, alterações nesse sentido. As mulheres podem apresentar sinais e sintomas de:
- Ansiedade
- Depressão
- Irritabilidade;
- Crises de pânico;
- Insegurança.
Dor durante a relação sexual
Com a queda do estrogênio, a mucosa que reveste a vagina fica mais fina, menos elástica e mais ressecada. Durante a relação sexual essa mucosa pode ser lesionada, o que causa dor, vermelhidão e também irritação. Por conta disso também torna-se mais comum o desenvolvimento de corrimentos vaginais e infecções nessas mulheres.
Secura vaginal
Essa é outra questão que também pode proporcionar dor durante o ato sexual. A lubrificação típica da região vaginal acaba diminuindo muito por conta da falta de estrogênio. Esse é um dos motivos pelos quais o apetite sexual da mulher também é reduzido nessa época da vida.
Redução da libido
Além da secura vaginal e tantos outros fatores, a mulher com baixa produção de estrogênio também perde substancialmente o seu desejo sexual. Fazer amor fica em segundo plano na vida dessa mulher, que já não se mostra mais tão interessada no assunto.
Infecções no sistema urinário
Existem alguns problemas típicos do trato urinário que costumam aparecer com maior frequência quando a mulher apresenta deficiência de estrogênio. São eles:
- Cistites: são inflamações que ocorrem por conta da atrofia do tecido que reveste tanto a bexiga quanto a uretra;
- Urgência urinária: é uma vontade urgente e constante de urinar ainda que a quantidade de excretas seja mínima. Muitas vezes não dá tempo de chegar ao banheiro;
- Incontinência urinária: ocorre quando não conseguimos manter o controle sobre os músculos do assoalho pélvico e sobre a bexiga. Pode acontecer por causa de um simples espirro ou por tentar erguer algum peso.
Osteoporose
O desgaste ósseo é comum de acontecer quando chegamos em uma idade avançada, mas a queda de estrogênio acelera o processo. Uma das funções desse hormônio é o de manter a densidade óssea, promovendo a calcificação.
Portanto, é óbvia a constatação de que a redução dessa substância ajude no desenvolvimento da osteoporose, que ocorre quando o osso se torna poroso e frágil — o que facilita as fraturas causadas por quedas ou pancadas de pouco impacto.
Seios caídos
O tecido mamário e o crescimento dos seios depende da presença de estrogênio para acontecer. Então, quanto maior a quantidade desse hormônio sendo produzida pelo corpo, mais firmes as mamas ficam. A redução dessa taxa, em consequência, pode promover a queda dos seios.
Queda e ressecamento dos fios
O estrogênio também ajuda a manter a força e a vivacidade do nosso cabelo, mantendo-o mais saudável. A falta dele, é claro, proporciona justamente no oposto: queda dos cabelos e fios sem vida e sem brilho. Isso é fácil de resolver com alguns cuidados como hidratação, nutrição e queratinização.
Ondas de calor
Também provocados pela queda do estrogênio, os famosos fogachos, muito comuns em mulheres que entraram na menopausa, podem ser um problema ainda maior se você mora em lugares muito quentes ou secos. Cerca de 75% das mulheres apresentam esse sintoma e ao menos 80% delas permanecerão com ele por um período que dura mais de 1 ano.
Insônia
Os problemas para ter uma noite tranquila também estão presentes aqui. Na verdade, a insônia é uma consequência das ondas de calor. É comum, durante a menopausa, que a mulher apresente sudorese noturna justamente por conta dos fogachos. Manter um bom sono nesses casos é bem mais difícil, mas nada que um banho frio não ajude a amenizar.
Doenças cardiovasculares
Como a deficiência de estrogênio afeta a distribuição de gordura corporal, ela também mexe com os níveis de LDL (colesterol ruim) e HDL (colesterol bom). As taxas de LDL acabam subindo, o que aumenta as chances de um ataque cardíaco (infarto) ou mesmo de um AVC (acidente vascular cerebral).
Fadiga
Um pequeno esforço pode deixar a mulher que apresenta baixos níveis de estrogênio extremamente cansada. Ainda que ela tenha acabado de ter um sono relaxante, o cansaço pode aparecer se uma atividade um pouco mais movimentada tiver de ser realizada.
Rugas e linhas de expressão
O estrogênio também ajuda a melhorar a textura da nossa pele e interfere na distribuição e proteínas como o colágeno (responsável pela elasticidade e consistência da pele).
A queda desse hormônio facilita a formação de linhas de expressão e rugas, além de deixar a pele ressecada. Por conta disso, manter uma boa hidratação ingerindo líquidos é essencial.
Modificação na deposição de gordura
É normal que a gordura na mulher seja acumulada em locais como glúteo, quadris, coxas e mamas. Essa forma de deposição ajuda a dar as formas próprias do corpo feminino e quem faz isso é o estrogênio.
Portanto, se há a deficiência dessa substância a distribuição de tecido adiposo será muito parecida com a que encontramos no homem. A gordura passa a ir para locais como abdômen, costas e braços.
Problemas articulares
Outra situação muito comum em mulheres durante o período da menopausa é o desenvolvimento de problemas nas articulações. Elas costumam ficar mais rígidas, pois a produção do líquido lubrificante que existe na região diminui.
Isso aumenta o desgaste ósseo e também de partes moles como os meniscos, amortecedores presentes no joelho. As consequências disso são dores e inflamações no local.
Unhas frágeis
Além dos cabelos e da pele, o estrogênio também promove o fortalecimento das unhas. A falta do hormônio acarreta em unhas frágeis e quebradiças. Aumentar o consumo de alimentos que contenham biotina — como grãos integrais e peixes de água salgada — pode ajudar a controlar o problema.
Aposte em uma vida mais saudável
A menopausa pode ser um período de grandes transformações na vida da mulher. Muitas delas recorrem à reposição hormonal artificial, mas essa técnica é cheia de efeitos colaterais e pode aumentar as chances de doenças graves como o câncer.
Por isso é importante optar primeiramente por métodos naturais, com o consumo de produtos de composição natural que ajudam a diminuir os efeitos da menopausa, ou mesmo da soja, já que o grão contém o hormônio fitoestrógeno.
Você pode conferir aqui neste link o INFOGRÁFICO.
Existem diversos alimentos que ajudam a mulher durante esse período. Veja outros exemplos:
- Para amenizar o ressecamento da pele e o aparecimento de rugas você pode apostar no consumo de vitamina C. Ela é um ingrediente essencial na fabricação do colágeno.
- Vitamina A, B, zinco e ferro são substâncias que reduzem a queda de cabelo e devem estar presentes na dieta.
- Praticar exercícios físicos é uma excelente forma de elevar os níveis de dopamina e serotonina, amenizando assim os problemas de humor.
Isso só prova que é possível amenizar a falta de estrogênio e viver bem durante a menopausa apostando em soluções saudável e naturais.