Você já deve ter muito ouvido falar de ômega 6 e ácidos graxos, e sabe que eles possuem benefícios incríveis para todo o corpo. Veja como isso é possível!
O que é um ácido graxo?
Os famosos ácidos graxos são monoácidos orgânicos, encontrados em uma temperatura ambiente, em fase sólida, líquida e semissólida. Por isso então, são vistos principalmente em óleos e gorduras, e apresentam funções importantíssimas no organismo humano.
“Os ácidos graxos podem se apresentar na forma saturada (onde os carbonos apresentam ligações simples) ou não-saturada (com uma ou mais ligações duplas). No caso de apenas uma dupla ligação na cadeia, o ácido graxo é denominado monoinsaturado, no caso de duas ou mais ligações, chama-se poliinsaturado.”
— Departamento de Biologia Molecular da UFPb
De forma geral, esses ácidos não são produzidos pelo corpo, por isso, são obtidos através da alimentação saudável.
O que o ômega 6 tem a ver com isso?
Na família de ácidos graxos poliinsaturados, podemos encontrar o ômega 6, fazendo parte das “gorduras boas”. Dentre seus benefícios, é possível identificar:
- proteção contra a hipertensão (pressão arterial alta);
- combate ao colesterol ruim (LDL);
- combate ao excesso de glicose (açúcar no sangue);
- redução do impacto da artrite reumatoide;
- prevenção contra osteoporose;
- neuropatia diabética;
- prevenção ao câncer de mama;
- redução da mastalgia;
- melhora de eczemas;
- diminuição no efeito de alergias;
- melhora considerável na diminuição do déficit de atenção.
Isso ocorre porque esse ácido graxo essencial ativa a produção de hormônios que atuam no sistema imunitário, reduz o acúmulo de líquidos corporais, melhora a circulação sanguínea e controla o sistema nervoso.
Além disso, o ômega 6 é reponsável pelos espasmos sanguíneos, pela dor e pela inflamação. Isso é fundamental para a saúde, já que estes fatores servem como um alerta de que o corpo pode estar com algum problema, desencadeando a ativação sistema imunológico.
Acha que parou por aí? Ainda tem mais! Uma de suas principais funções é incentivar o crescimento de células, sendo necessário para o desenvolvimento cerebral, muscular e ainda de pele e cabelos.
Sintomas da falta de ômega 6
Gerais
- intolerância ou hipersensibilidade ao frio;
- intolerância, hipersensibilidade, ou vulnerabilidade ao álcool;
- muita sede.
Humor
- tristeza;
- desânimo.
Sistema Nevoso Central
- falta de coordenação;
- falta de equilíbrio;
- dificuldade de aprendizado.
Neuromuscular
Pele
- pele seca ou áspera (nas pernas ou na região acima dos tornozelos);
- descamação;
- dificuldade na cicatrização;
- manchas (eczemas);
- erupções (dermatite, urticária).
Cabelos e Unhas
- cabelos secos ou quebradiços;
- unhas frágeis ou descamando.
Olhos
- redução da visão;
- dificuldade para enxergar.
Ouvidos
- zumbido ou chiado na cabeça.
Intestino
- tendência a intestino preso ou com mal funcionamento;
- muito esforço para eliminar fezes.
Cardiopulmonar
- dor no peito ou tórax.
Articulação / coluna
- dores nas articulações ou juntas.
Ginecológico
- irregularidade menstrual;
- TPM intensa.
Se apresentar 8 destes sintomas, provavelmente você está com deficiência de ômega 6, de acordo com a medicina complementar.
Ômega 6 na história
Ao longo de 4 a 5 milhões de anos de evolução dos homens, as dietas foram abundantes em frutos do mar e outras fontes de ácidos graxos de cadeia longa (ômega 3 – EPA e DHA), mas relativamente baixas em óleos e sementes, fontes de ômega 6.
Já nas pesquisas antropológicas, os indicadores apontam que nossos ancestrais “caçadores-coletores” consumiam as gorduras boas ômega 6 e ômega 3 numa proporção igual. Isso resultava em pessoas saudáveis, que estavam livres das doenças modernas inflamatórias, cardíacas, cancerígenas ou diabéticas, que são as principais causas de mortalidade hoje em dia.
No início da revolução industrial (cerca de 140 anos atrás), houve uma mudança acentuada na proporção de ácidos graxos n-6 (ômega 6) para n-3 (ômega 3) na dieta. O consumo de gorduras n 6 aumentou e de ômega 3 diminuiu. Essa mudança deveu-se tanto à inserção do óleo vegetal na indústria moderna, quanto ao aumento do uso de grãos de cereais como alimento para o gado (o que, por sua vez, alterou o perfil de ácidos graxos da carne consumida pelos seres humanos).
Alimentos com ômega 6
Podemos observar que alguns alimentos em específico têm uma quantidade significativa do ácido graxo ômega 6, dentre eles, podemos observar:
1. Óleos
- óleo de semente de groselha negra;
- óleo de canola;
- óleo de cânhamo;
- óleo de soja;
- óleo de algodão;
- óleo de semente de girassol;
- óleo de milho;
- óleo de cártamo;
- óleo de girassol;
- óleo de prímula;
- gordura de palma.
2. Sementes
- linhaça dourada;
- nozes;
- chia;
- semente de abóbora;
- gergelim.
3. Animais e derivados
4. Temperos
- açafrão-da-terra (cúrcuma);
- sálvia.
Quantidade de ômega 6 em alguns alimentos por porção:
Alimento/Porção | Quantidade ômega 6 |
28 g de nozes | 10,8 g |
Sementes de girassol | 9,3 g |
15 mL óleo de girassol | 8,9 g |
15 mL de óleo de soja | 6,9 g |
28 g de amendoim | 4,4 g |
15 mL de óleo de canola | 2,8 g |
28 g de avelã | 2,4 g |
28 g de caju | 2,2 g |
15 mL de óleo de linhaça | 2 g |
Ter estes alimentos no cardápio diário pode proporcionar muitos benefícios, como você pôde ver.
Gostou de saber mais sobre o ômega 6? Costuma incluir algum destes alimentos na sua dieta? Conte-nos!