A testosterona é um hormônio valoroso para a saúde do homem, sendo encarregada pela qualidade do funcionamento do organismo masculino, trazendo com isso, uma série de proventos ao corpo e a mente. Ela é responsável pela força, produção e qualidade dos espermatozoides, pela saúde sexual e o ganho de massa muscular. Todavia, a queda ou a falta do hormônio acarreta em uma variedade de sintomas que diminuem a qualidade de vida. O sujeito pode sofrer com a deficiência da testosterona baixa e não ter o discernimento do quão grave é o problema e o quanto impacta em todos os âmbitos de sua vida.
“O impacto dessa redução fisiológica é mal conhecido e varia entre indivíduos. Apesar da variabilidade, em homens sintomáticos cujos níveis sanguíneos de testosterona estejam baixos, o diagnóstico de hipogonadismo deve ser aventado.”
-Antônio Drauzio Varella, Oncologista.
A condição de testosterona baixa é mais recorrente do que possamos acreditar. O mito de que só ocorria em homens portadores de deficiências congênitas, ou em sujeitos com falência da função testicular resultante de tumores na hipófise ou traumatismo na bolsa escrotal caiu por terra.
“Hoje, está claro que pode acontecer diminuição acentuada dos níveis de testosterona em condições como obesidade grau 3, infecção pelo HIV, estresse psicológico, doenças debilitantes ou como efeito colateral de medicamentos como os derivados da cortisona, por exemplo.”
-Antônio Drauzio Varella, Oncologista.
Efeitos colaterais da testosterona baixa
A queda da produção desse hormônio acarreta em efeitos colaterais que quase sempre não são atrelados ao hipogonadismo. É muito recorrente a associação desses efeitos colaterais a outras doenças, todavia, alguns médicos estão mudando esse paradigma. Em novos casos que esses efeitos colaterais aparecem, já são solicitados exames para analisar o volume da testosterona no sangue. Veja os efeitos colaterais abaixo:
- Diminuição da libido;
- Fadiga;
- Aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes;
- Depressão;
- Comprometimento das funções cognitivas;
- Redução da fertilidade;
- Aumento da massa gordurosa;
- Diminuição da massa muscular e perda da força.
Os sinais corpóreos e mentais que possuem correlações com a testosterona baixa
Algumas alterações corpóreas e/ou emocionais podem estar correlacionadas à deficiência, veja:
- Redução dos testículos;
- Perda de cabelos;
- Falta de motivação;
- Emotividade aumentada;
- Perda da sensibilidade genital.
O envelhecimento corpóreo e a deficiência da testosterona baixa
A partir dos trinta anos os homens começam a diminuir a secreção de testosterona. Essa baixa é em média de 0,8% ao ano, entretanto, essa queda hormonal é muito variável, pois já foi registrado sujeitos com mais de setenta anos que possuíam o nível do hormônio próximo aos níveis considerados adequados para os jovens, entretanto, também já foram constatados alguns homens com quarenta anos que apresentaram resultados alarmantes de testosterona baixa.
O diagnóstico para confirmar a deficiência da testosterona baixa
Os exames sanguíneos são requisitados para fazer a checagem do nível de testosterona no sangue. A confirmação só é dada, quando a presença dos níveis está abaixo do intervalo considerado normal. O exame que apresenta um índice de 200 ng/dl é o veredito para o diagnóstico de deficiência da testosterona baixa.
Questionário para auxílio do diagnóstico da testosterona baixa
Um grupo de pesquisadores canadenses desenvolveu um questionário com o objetivo de ter uma ferramenta que adjuntava ao diagnóstico, o seu uso não dispensa os exames básicos de sondagem, todavia, a sua aplicação nos indivíduos que estão sob suspeita de testosterona baixa tem demonstrado grande efetividade. Veja as perguntas a seguir:
- Você notou uma diminuição no seu desejo sexual?
- Você notou uma diminuição da sua energia?
- Você notou diminuição da força muscular e/ou da resistência física?
- Você perdeu peso?
- Você perdeu a alegria de viver?
- Você vive triste e desanimado?
- Sua ereção está menos consistente?
- Tem sido mais difícil manter a ereção durante o ato sexual?
- Você adormece depois do jantar?
- Seu desempenho no trabalho deteriorou recentemente?
Os pesquisadores alertam que uma reposta positiva para os itens 1 ou 7, ou apenas três respostas positivas nos demais itens, sugere hipogonadismo, entretanto, é apenas uma sugestão! A melhor pessoa para confirmar ou não a suspeita é o médico munido de exames comprobatórios.
Reposição hormonal masculina
A reposição hormonal masculina ainda gera bastante discussões entre os pesquisadores e especialistas, há quem é a favor e afirma que a reposição pode melhorar a sensação de bem-estar, a força muscular, a densidade óssea e a libido.
Em contra partida, tem que é contra, e alerta paras os riscos que foram apresentados ainda na fase dos estudos, reforça que ainda é cedo para disseminar o tratamento para os sujeitos que sofrem de hipogonadismo.
Vale ressaltar que os efeitos estão atrelados ao grau da deficiência da testosterona baixa. Em indivíduos que possuem o nível do hormônio pouco inferior à normalidade, a reposição demonstrou uma concentração em níveis baixos tão insignificantes que não compensa os riscos a saúde e os valores gastos no tratamento.
“Como esses distúrbios são indistinguíveis do próprio processo de envelhecimento, é razoável supor que possam ser corrigidos por meio da administração de testosterona, à semelhança da reposição de hormônios femininos na menopausa. As dificuldades estão na inexistência de critérios bem definidos para caracterizar o hipogonadismo nessa faixa etária, na dúvida sobre a eficácia do tratamento e na possibilidade de efeitos indesejáveis, como o aumento do risco de câncer de próstata.”
-Antônio Drauzio Varella, Oncologista.
Hábitos saudáveis no combate a deficiência da testosterona baixa
Uma alimentação saudável e exercícios físicos nas intensidades média ou alta é o combo indispensável pra o homem que quer manter a produção da testosterona. Estudos demonstraram que indivíduos do sexo masculino que se exercitavam diariamente e tinham uma alimentação balanceada demonstraram uma maior produção e por consequência maior secreção do hormônio da “força”.
Portanto, a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e exames periódicos são de suma importância no combate da mazela. Na presença de qualquer sinal procure um médico.
Você sofre ou já sofreu com a deficiência da testosterona baixa? Deixe o seu comentário!