O climatério é uma etapa da vida da mulher caracterizada pelo caminho do fim de sua fase reprodutiva. Depois disso, a menstruação é interrompida permanentemente e a menopausa chega. E com o passar do tempo, surge uma etapa pouco discutida, a pós-menopausa!
Aqui no nosso país, as mulheres que têm mais de 40 anos já correspondem a 32% da população feminina. A expectativa de vida da mulher brasileira ultrapassa os 75 anos. Apesar da fase da menopausa parecer ser geneticamente programada, ela também é influenciada por muitos fatores sociais, culturais e econômicos, além da alimentação, do tabagismo e do número de gestações ao longo da vida.
E quando a menopausa passa e chega a pós-menopausa? O que acontece? Saiba tudo sobre o assunto neste post que preparamos para você, leitora do blog Saudável & Feliz!
Os sintomas mais comuns ao longo do climatério e menopausa
Cansaço, perda de memória, insônia, dormência, tontura, cefaleia, palpitação, calafrio, sudorese e ondas de calor são os sintomas mais comuns do climatério, que são praticamente os mesmos da menopausa. No início, a menstruação torna-se irregular. Essa irregularidade evolui, posteriormente, para a ausência da menstruação, simbolizando assim a menopausa.
Você pode sentir algumas modificações no seu corpo, como a redução das mamas e do canal urogenital. Dores na relação sexual são comuns por causa da redução da lubrificação da vagina, o que diminui a libido sexual. Na pele, a perda da elasticidade e o surgimento de manchas e rugas passam a ser comuns.
Em vista desses sintomas, que provocam tantas mudanças no corpo, é importante que você receba o apoio de sua família e amigos, visando a compreensão e o reconhecimento daqueles que convivem com você. Um acompanhamento psicológico para que você passe por essa fase com mais tranquilidade é bem-vindo também.
O ganho de peso e alterações no corpo
Após o fim da menopausa, nosso corpo passa por alterações devido às mudanças nos níveis hormonais. Quando chega a pós-menopausa, a tendência é que ganhemos volume no abdômen, além de perder medidas nos quadris e nas coxas.
Outra alteração notável no corpo após a menopausa é a proporção entre a gordura corporal e a massa muscular ou magra, por mais que o seu peso tenha sido o mesmo ao longo da vida. Para que você tenha uma ideia, uma jovem de 25 anos e com 58 quilos, tem em média 27% de gordura na composição de seu peso. Já uma mulher de 50 anos e com o mesmo peso, chega a ter 40% de gordura corporal!
O estilo de vida e a dieta que você pratica também estão associados às alterações que acontecem na pós-menopausa. Se você, ao longo da vida, teve uma rotina muito sedentária e consumiu mais calorias do que gastou, o formato do seu corpo já sofre modificações por volta dos 40 anos, ou seja, antes mesmo do início da menopausa.
Uma forma de reverter essa tendência e melhorar a sua condição física durante e após a menopausa é praticar exercícios de musculação e aeróbicos. As atividades que estimulam o processo de reconstituição dos ossos permanentes do esqueleto, como hidroginástica, ginástica e corrida, devem ser feitas para que o corpo não sofra tanto com as mudanças na pós-menopausa.
As mudanças no metabolismo na pós-menopausa
É fato que o metabolismo da mulher muda na pós-menopausa, por isso você deve ter cuidado com as refeições para não engordar na maturidade. Neste período, o seu metabolismo fica mais lento. À medida que os anos passam, as necessidades calóricas diminuem, em média, 2% a cada 12 meses.
Vamos aos fatos. Enquanto que as mulheres entre 23 e 50 anos necessitam de 1.600 a 2.400 calorias por dia, as mulheres entre 51 e 76 anos precisam de 1.400 a 2.000 calorias por dia. O que isso significa? Que se você tiver um excesso diário de 200 calorias por dia, você pode engordar 10 quilos em um ano.
Em contrapartida, se você reduzir 500 calorias no seu consumo diário, você emagrece 500 gramas por semana. Se você já chegou à pós-menopausa, você precisa ingerir menos calorias e queimá-las por meio da prática de exercícios físicos. O que não pode acontecer é reduzir drasticamente a quantidade de calorias consumidas, pois isso pode provocar problemas de saúde.
Uma dieta com a quantidade inferior que a de calorias diárias que você precisa não fornece o total de nutrientes que o seu corpo pede para se manter firme. Ao optar por um regime drasticamente hipocalórico, com menos de 600 calorias diárias, você está sujeita a ter uma disfunção cardíaca e ter um infarto. Esses tipos de dieta são contraindicados para mulheres que estão na pós-menopausa.
Mantenha uma alimentação equilibrada. Reduza a ingestão de calorias e faça refeições leves, com pouca gordura e pouco açúcar. Adote também na sua rotina a prática de exercícios físicos. Até mesmo uma caminhada mais rápida consegue triplicar o gasto de energia que você consome, em vez de repousar logo em seguida. Você sabia que nadar aumenta o gasto calórico? Subir degraus e andar de bicicleta também.
Os efeitos sobre o cabelo
A queda de cabelo é algo normal desde que aconteça em uma média de 50 a 100 fios por dia. Porém, após a menopausa, a queda se torna mais intensa e esse efeito está diretamente relacionado às alterações hormonais que ocorrem nessa etapa.
O estrogênio, que entra em declínio durante a menopausa, é um dos hormônios responsáveis pelo crescimento capilar e também por fixar o cabelo na pele. Outra consequência disso é que a diminuição dessa substância no organismo também faz com que os folículos pilosos fiquem menores, provocando a queda dos fios. Existem outros efeitos que podem acontecer com os cabelos nesse período:
- Os cabelos ficam brancos de forma mais rápida por causa da redução na produção de melanina;
- A espessura dos fios muda e os cabelos podem ficar até 4 vezes maiores porque o corpo entende que são necessárias algumas camadas extras de queratina para fortalecer os fios que agora estão ficando enfraquecidos;
- Alteração no ritmo de crescimento e também na oleosidade, podendo deixar o cabelo mais ou menos seco.
Fica claro que os cabelos, nesse momento, precisam de cuidados mais intensos. E o melhor é que esses cuidados podem ser feitos de formas naturais. Algumas delas são: beber bastante água, praticar exercícios físicos (pois a prática aumenta a circulação de sangue no couro cabeludo, ajudando a levar mais nutrientes para os fios), uma alimentação balanceada e rica em minerais como o ferro e cálcio, vitaminas A e E, assim como em gorduras como o ômega 3. Outros cuidados são:
- Não usar secador e chapinha com muita frequência;
- Fazer massagem capilar para estimular a nutrição e o crescimento;
- Ter uma rotina de cuidados como hidratações, umectações, reconstruções e outros;
- Sempre apostar em produtos que sejam naturais ou orgânicos.
O sistema imunológico
A redução do hormônio estrogênio tem como consequência a queda na síntese dos linfócitos T e B, células de defesa de grande importância. Outra célula do sistema imune, que fica prejudicada no período pós-menopausa, é a Natural Killer Cell, também chamada de célula NK ou célula exterminadora natural. Esta, é mais específica, combatendo ataques virais e células responsáveis pela formação de tumores.
Dessa forma, é possível concluir que existe uma associação direta entre esse período da mulher e o aparecimento de doenças infecciosas e neoplásicas (há vários outros fatores que devem estar associados para que elas se desenvolvam), além de inflamações crônicas e outras.
Portanto, o nosso sistema imune não só pode, como deve ser fortalecido. Porém, não é necessária uma grande preocupação com esse fator. O cuidado com a sua saúde é perfeitamente possível de ser feito através de alternativas naturais.
Para isso, você pode buscar alimentos ricos em vitamina C, presente em algumas frutas como a acerola e a laranja. Também lançar mão de opções com propriedades anti-inflamatórias, como o alho. Ou, então, se alimentar de peixes e castanhas que possuem o ômega 3 e 6, melhorando as defesas do corpo. Há um bom leque de opções.
Os aspectos psicológicos
A fase da pós-menopausa é caracterizada pela presença de algumas mudanças comportamentais e psicológicas. Por isso, precisamos ficar atentas ao surgimento dos problemas apresentados abaixo, para que possamos agir antes que eles atrapalharem nossas vidas.
Depressão
É preciso deixar claro que não é a menopausa em si que causa a depressão, mas sim fatores psicossociais que acompanham esse momento e influenciam no dia a dia da mulher. Citaremos alguns deles agora para que você entenda melhor o que queremos dizer.
Mudança no papel familiar
Quando a mulher chega na idade da menopausa é muito comum que os filhos já tenham saído de casa, o que faz com que ela perca parte do papel de mãe. Além disso, o fato de encerrar uma fase da vida que caracteriza as mulheres também pode afetar o lado psicológico, por fazer ela se sentir menos feminina.
Alteração física
O ganho de peso, que pode ocorrer ou não, está diretamente relacionado com a menopausa. Porém, esses quilos a mais podem provocar na mulher uma certa angústia e fazer com que ela se sinta menos atraente que antes. Quanto a isso, uma boa dose de exercícios físicos e alimentação saudável pode reverter esse efeito e acabar com os problemas.
Algumas pesquisas, segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), já conseguem relacionar a ação direta da queda do estrogênio no sistema nervoso central (SNC). Segundo essas pesquisas, esse hormônio ajudaria na produção de substâncias que promovem o bem-estar, como a serotonina e a dopamina que se encontram em baixa quantidade nas pessoas depressivas.
Porém, é muito importante destacar que a depressão não ocorre por conta de apenas um fator, mas sim pelo conjunto de vários. Sendo assim, a queda de estrogênio, de forma isolada, não será o bastante para desencadear a depressão na maioria dos casos.
Também é preciso saber diferenciar o motivo da depressão. Se a mulher já sofria com esse problema, o transtorno pode se tornar mais evidente e acentuado após a menopausa. Portanto, é preciso ficar atenta. Existem várias coisas que você pode fazer para amenizar os sintomas:
- Faça exercícios físicos, pois eles liberam dopamina e serotonina;
- Saia com os amigos e com a família. Sair um pouco de casa e conhecer novas pessoas são coisas essenciais;
- Invista seu tempo em atividades que lhe agradem como algum tipo de curso de idiomas ou testes de receitas saudáveis. Enfim, faça aquilo que dê prazer a você;
- Cuide mais de você e invista na sua beleza. Faça as unhas, hidrate os cabelos, cuide da pele e também do visual. Você verá como se sentirá bem melhor.
Ansiedade
Esta é outra doença relacionada à mente e que também pode aparecer nas mulheres que estão num período após a menopausa. São várias as mudanças que ocorrem no corpo e é muito comum que fiquemos ansiosas para saber quando essas transformações terão fim para que possamos passar os dias com mais tranquilidade.
O medo sobre o que o futuro nos reserva também pode promover um quadro de ansiedade. São muitas incertezas na vida da mulher e saber lidar com isso é essencial para ter uma vida mais equilibrada na pós-menopausa.
Neste caso, também valem algumas recomendações feitas como aquelas indicadas para depressão. Exercícios físicos ajudam de forma considerável, além disso, ocupar a mente e fazer coisas que gosta também ajudam a livrar a mente de tantas preocupações que aparecem. A ideia aqui é não sofrer por antecipação e viver cada momento da melhor maneira.
Tanto o caso da depressão como o da ansiedade, se surgirem por conta da menopausa, podem ser tratados com terapia, na grande maioria das vezes. Apenas em situações mais graves, que costumam ocorrer quando a mulher já apresentava esses transtornos, é que a visita a um psiquiatra pode ser necessária, para o uso de medicamentos.
Os exames indispensáveis
Como depois da menopausa muitas coisas mudam no corpo da mulher, alguns exames serão mais necessários que antes e outros nem tanto. Para ajudar você a se organizar melhor, fizemos uma pequena lista daqueles exames que deverão ser feitos com certa frequência e o porquê de cada um deles.
Papanicolau
Achou que iria se livrar dele depois da menopausa, não é mesmo? Na verdade, alguns órgãos competentes ainda não sabem, exatamente, em qual idade esse exame não é mais necessário. O Ministério da Saúde indica a idade de 65 anos, já a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia afirma que até os 70 anos o exame deve ser feito.
Outro detalhe é que, segundo o Ministério da Saúde, caso os exames não apresentem alterações por 2 vezes seguidas, desde que tenham sido realizados dentro do intervalo de 1 ano, só é necessário fazê-lo novamente após 3 anos.
Exames de sangue
O estrogênio ajuda a proteger a mulher de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial. Com a redução na sua produção, o exame de sangue é essencial para avaliar os níveis de colesterol e triglicérides. O procedimento também é necessário para medir os hormônios da tireoide, assim como a função renal.
Densitometria óssea
O risco de desenvolver a osteoporose é maior em mulheres que já passaram pela menopausa. Assim, elas estão mais propensas a sofrer fraturas, por isso, esse exame, que mede a quantidade de minerais no osso, precisa ser realizado a partir dos 65 anos de idade com maior frequência. Já para aquelas que apresentaram menopausa precoce, a idade é de 50 anos.
Exames clínicos
Aqui estamos falando de uma avaliação médica como um todo. Por exemplo, realizar o exame físico da palpação das mamas, o especular e de toque. Assim, é possível identificar qualquer problema desde o início para que não haja maiores consequências.
Ultrassonografia pélvica
Alguns médicos indicam a ultrassonografia pélvica apenas nos casos de algum problema ter sido identificado durante o exame físico, por exemplo, ou mesmo nos casos de sangramento vaginal. Já outros acham por bem a realização do exame a cada ano.
Mamografia
Mulheres que já passaram pelo período da menopausa têm mais chances de desenvolver o câncer de mama. Na verdade, esse exame já é recomendado para quem está acima dos 40 anos, mas quem já entrou na pós-menopausa precisa ficar mais atenta e fazer sempre o autoexame das mamas.
Se você teve menopausa precoce, temos uma boa notícia: saiu uma pesquisa afirmando que, nesses casos, há menor predisposição para desenvolver o tumor. Porém, o risco de diabetes e osteoporose aumenta.
A procura por alternativas naturais
A reposição hormonal com soluções sintéticas prejudica o seu corpo. Busque por uma alternativa natural. Com o Active Woman Plus, você volta a sentir o prazer em ser mulher. Ele é composto por elementos naturais em sua fórmula: óleo de prímula, óleo de linhaça e gérmen de soja. O Active Woman Plus tem também ômega 3 e 6.
O estrogênio é um hormônio natural encontrado tanto nos homens quanto nas mulheres. A sua produção pode ser estimulada com a adoção de hábitos mais saudáveis, como deixar de fumar, reduzir a quantidade de bebidas alcoólicas e comer mais alimentos naturais.
Vale ressaltar que é importante fazer consultas médicas periódicas com um clínico especializado em geriatria, para que ele acompanhe a sua qualidade de vida na maturidade. Além disso, não se esqueça de consultar o seu ginecologista pelo menos uma vez por ano na pós-menopausa.
Todas as alterações neurológicas, os problemas cardíacos e até os riscos de câncer devem ser acompanhados por especialistas. Nódulos, hipertensão, manchas na pele e sangramento vaginal devem ser informados aos médicos imediatamente, pois são sinais de alerta.
O que achou? Gostou desse artigo sobre as mudanças sofridas pelo nosso corpo na pós-menopausa? Então talvez você vá se interessar sobre essas 5 efeitos colaterais da terapia de reposição hormonal.