O sarampo era considerado uma doença já erradicada no Brasil, porém com as grandes migrações ao país, o vírus voltou a se espalhar por algumas regiões.
Os primeiros casos da doença foram registrados nos estados do Amazonas e Roraima, onde o genoma do vírus, segundo o ministério da saúde, é o mesmo que circula na Venezuela.
A importação do vírus pegou a população despreparada, uma vez que a taxa de recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) para adesão das vacinas é de 95%. E o Brasil tem apresentado taxas abaixo do recomendado, o que facilita a proliferação da doença.
Quando falamos de sarampo geralmente associamos a doença a um vírus que atinge, em sua grande maioria, as crianças. Porém, se o indivíduo em fase adulta não estiver imunizado, e contrair a doença, as chances de o quadro de saúde agravar é bem mais alto, do que o de uma criança.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa de alto contágio, causada pelo vírus Morbillivirus. A doença pode atingir pessoas de qualquer idade, porém, os índices de maior incidência são em crianças com menos de um ano de idade.
O sarampo é considerado uma doença de disseminação respiratória, isso porque seu contágio é feito através da contaminação pelo ar, provocadas por espirros e tosse. Outras formas de contrair a doença são através da saliva, contato de pele, como aperto de mãos. Da mãe para o filho, durante a gravidez, o parto ou amamentação e pelo toque em superfícies contaminadas como cobertores, maçanetas e até mesmo pelo transporte público.
Sintomas
Os sintomas da doença podem aparecer entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus. Uma vez que os sintomas são percebidos a longo prazo, a proliferação é maior e mais rápida.
As ocorrências mais comuns da doença são febre alta acompanhada de tosse, mal-estar, manchas brancas por dentro das bochechas, manchas no corpo e no rosto, conjuntivite, coceira, dores locais, inchaço dos gânglios e perda de apetite.
Se apresentar alguns desses sintomas é importante consultar ao médico para diagnóstico. O sarampo possui ocorrências similares a outras doenças.
É importante lembrar que a doença em estágio mais avançado pode levar o paciente a complicações mais graves como cegueira, encefalite, infecções respiratórias e pneumonia. E por ser uma doença que afeta o sistema imunológico pode provocar infecções secundárias que em extremos levam o indivíduo a óbito.
Efeito em adultos
O sarampo em adultos apresenta um grau ainda maior do que é apresentado em crianças. O diagnóstico é mais difícil de ser apresentado. Isto porque, a forma como a doença se apresenta é mais branda do que a que se apresenta em crianças. Nos primeiros dias, a doença pode se assemelhar a uma gripe comum, acompanhada de tosse e febre. O nariz fica congestionado e os olhos irritados.
Somente na segunda fase da infecção, as manchas começam a aparecer tanto no rosto, quanto no corpo. Por isso é importante consultar um médico e investigar os sintomas.
Outro avanço do estágio da doença é desenvolver uma pneumonia não bacteriana, produzida pelo próprio vírus do sarampo. Isto pode ser altamente grave.
Existem complicações neurológicas como a encefalite crônica que evolui levando o indivíduo a morte. É uma situação rara, mas a doença pode permanecer no sistema nervoso central e apresentar-se após anos do contágio da doença.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para o sarampo. Existe um controle dos sintomas apresentados pelo paciente. Caso haja a evolução do quadro, se faz uso de antibióticos para contenção de infecções bacterianas.
Ao contrário, é feito o uso de vitamina A para ajudar o sistema imunológico do paciente.
Uma alimentação balanceada, repouso e a hidratação também são agentes para fortalecimento do organismo.
Lembre-se que a melhor forma de tratar qualquer doença provocada por vírus é a prevenção. E o acompanhamento médico é essencial para diagnosticar precocemente doenças e auxiliar na indicação do melhor tratamento.
Prevenção
A prevenção contra o sarampo é feita a partir da vacinação. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece a vacina nos postos de saúde conforme o calendário de vacinação, para controle da proliferação da doença. Além do SUS, a rede privada também oferta a vacina contra o sarampo.
A administração da vacina é totalmente segura e indicada a população. São raros os casos de reações adversas, e quando apresentados, são bem menos sérias que a doença em si.
Devemos apenas ressaltar ao grupo de alérgicos e contraindicados, que procure orientação médica, para entender se a vacina pode ser administrada ou não.
Quem deve se vacinar?
Todos, exceto o grupo de risco como grávidas, pessoas com baixa imunidade e alérgicos. Estes citados devem buscar orientação médica. Os demais devem tomar a vacina para evitar que a doença espalhe.
Em crianças: Devido ao aparecimento da doença em alguns estados, crianças menores de um ano devem tomar a dose extra da vacina. Já as crianças que possuem 12 meses devem tomar a primeira dose e aos 15 meses tomar a segunda e última dose, que vale pelo resto da vida.
Em adultos: Aos que tomaram apenas uma dose da vacina até os 29 anos é recomendado tomar a segunda dose. Se há comprovantes de que foram tomadas as duas doses da vacina, não é necessária uma terceira administração dela. Agora, se você faz parte deste grupo de 1 a 29 anos e não lembra ter tomado a vacina, ou perdeu a carteirinha com as informações, recomenda-se que tome as duas doses da vacina do sarampo.
Já os de 30 a 49 anos, que não recordam ter tomado nenhuma dose, ou não possuem a carteirinha que comprova a vacinação, devem tomar apenas uma dose.
Quem já apresentou a doença precisa vacinar-se?
O sarampo é contraído apenas uma vez na vida. Ou seja, se você já foi infectado pelo vírus, nunca mais pegará a doença. Porém é necessário ter certeza de que a doença contraída foi mesmo o sarampo. Porque existem doenças que possuem os sintomas bem parecidos ao sarampo.
Por este motivo, é melhor consultar um médico antes de tomar a decisão de não tomar a vacina. Porque ela não sobrecarrega o organismo.
É muito importante participar de campanhas de imunização para evitar que doenças como o sarampo se tornem grandes epidemias. Os riscos de morte por contrair a doença são enormes ou podem causar sequelas por toda a vida.
Por isso, antes de tomar qualquer decisão de vacinar-se ou não, é preciso buscar informação. Seja nos postos de saúde pública ou rede privada. E se preferir, pode acessar o site do ministério da saúde para esclarecer dúvidas e acompanhar o calendário de vacinação.
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