Tratamento para linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin: a luta contra o câncer!

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tratamento para linfoma

Já observou bolinhas estranhas e doloridas no corpo, com um certo relevo? Fique atenta com este sinal e veja como age o tratamento para linfoma.

Como o linfoma aparece?

O linfoma é um câncer dos gânglios do sistema linfático. Este tipo de câncer se inicia nos glóbulos brancos do sangue, ou seja, nos linfócitos. Como está presente na corrente sanguínea, pode se espalhar através de metástase em diferentes regiões do corpo, assim, a capacidade do corpo de combater a infecção enfraquece.

Ele pode acontecer em qualquer idade, mas é uma das causas mais comuns de câncer em crianças e jovens de 15 a 24 anos, sendo tratável na maioria dos casos.

O Hospital Israelita Albert Einstein aponta então que são raros os casos de linfoma no Brasil, sendo inferiores a 150.000 por ano. Não há como evitar o problema, mas as taxas de sobrevivência após o tratamento são elevadas.

Tipos de Linfoma

Os dois principais tipos são Hodgkin e não-Hodgkin (o mais comum).

Nos EUA, o risco de desenvolver linfoma não-Hodgkin ao longo da vida é de 2,1%. Já o de Hodgkin, é de cerca de 0,2%.

O câncer ocorre quando há crescimento descontrolado de células anormais, que prosperam e se espalham em vez de morrer, como fariam no ciclo de vida de uma célula normal.

O linfoma geralmente se espalha para o fígado, medula óssea ou pulmão.

Linfoma de Hodgkin

No linfoma de Hodgkin, o câncer geralmente afeta um linfonodo após o outro, em ordem. Seus principais grupos de risco incluem pessoas com:

  • mononucleose infecciosa: a infecção com EBV pode causar mononucleose, o que aumenta o risco de linfoma;
  • idade: o maior risco engloba pessoas de 20 e 30 anos ou com mais de 55;
  • sexo: é um pouco mais comum nos homens;
  • localização: é mais comum nos EUA, no Canadá e no norte da Europa e menos comum na Ásia;
  • família: se um irmão tiver a condição por exemplo, o risco é um pouco maior, mas se for um gêmeo idêntico, a probabilidade se torna muito alta;
  • infecção por HIV: isso pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de linfoma.

Linfoma não-Hodgkin

No linfoma não-Hodgkin, os tumores podem surgir em diferentes linfonodos, ignorando alguns nós, afetando as células B e T. Este tipo representa 90% dos casos de linfoma. Seu grupo de risco engloba:

  • idade: a maioria dos linfomas deste ocorre em pessoas com 60 anos ou mais, mas alguns tipos são mais propensos a afetar crianças e jovens;
  • sexo: ambos têm o mesmo grau de risco;
  • etnia e localização: é mais comum em caucasianos e em países desenvolvidos;
  • produtos químicos e radiações: a radiação nuclear e alguns produtos químicos utilizados na agricultura têm sido associados ao linfoma não-Hodgkin;
  • imunodeficiência: uma pessoa com um sistema imune fraco está mais em risco. Isso pode ser devido, por exemplo, ao vírus da AIDS ou ao uso de medicamentos após um transplante de órgãos, por exemplo;
  • doença auto-imune: é quando o sistema imunológico ataca as próprias células do corpo;
  • infecção: certas infecções virais e bacterianas que transformam linfócitos aumentam o risco de doenças;
  • implantes mamários: podem causar linfoma anaplásico (células grandes no tecido mamário);
  • peso corporal e dieta: a obesidade tem sido implicada no desenvolvimento do linfoma, mas esse fatos ainda está sendo estudado pela medicina.

Sintomas

Os sinais e sintomas do linfoma são semelhantes aos de doenças virais e resfriados comuns, mas continuam por mais tempo do que normalmente seria esperado.

Algumas pessoas não terão sintomas, mas poderão notar um inchaço dos gânglios linfáticos, que se localizam ao redor do corpo, muitas vezes no pescoço, na virilha, no abdômen ou nas axilas.

Os inchaços são normalmente indolores, mas pode ocorrer dor se as glândulas aumentadas pressionarem órgãos, ossos, nervos e outras estruturas, sendo até mesmo confundido com a dor nas costas.

Outros sintomas de ambos os tipos de linfoma podem incluir:

  • febre contínua, mesmo sem infecção;
  • suores noturnos, febre e calafrios;
  • perda de peso e perda de apetite;
  • coceira incomum;
  • fadiga constante, cansaço ou falta de energia;
  • dor nos gânglios após beber álcool;
  • tosse persistente;
  • falta de ar;
  • dor ou inchaço do abdômen.

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Diagnóstico

Não há exames de rotina para linfoma. Se uma pessoa tem sintomas virais persistentes, eles devem consultar um médico.

O médico perguntará sobre o histórico médico pessoal e familiar do paciente, tentando descartar outras condições.

Eles também realizarão um exame físico, incluindo uma inspeção do abdômen e queixo, pescoço, virilha e axilas, onde podem ocorrer inchaços. O profissional procurará sinais de infecção perto dos gânglios linfáticos, pois isso pode explicar a maioria dos casos de inchaço.

Biópsias e outros testes podem confirmar a fase do câncer, para ver se ele se espalhou para outras partes do corpo.

Tratamento para linfoma

O tratamento depende do tipo de linfoma e do estágio que ele atingiu. O tipo indolente ou de crescimento lento pode necessitar apenas de uma espera atenta e sem tratamento.

Se necessário, o tratamento pode envolver:

Terapia biológica

Trata-se de um tratamento medicamentoso que estimula o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas, inserindo micro-organismos vivos no corpo.

Terapia de anticorpos

Anticorpos sintéticos são inseridos na corrente sanguínea para combater os agentes do câncer, agindo como antígenos.

“Os anticorpos monoclonais são o tipo de imunoterapia usada para o linfoma. São proteínas produzidas em laboratório, que se ligam às células cancerígenas. Ajudam o sistema imunitário a matar as células tumorais. A maioria dos tratamentos é administrada por via endovenosa: a terapêutica biológica circula através da corrente sanguínea, ou seja, de forma sistêmica; normalmente, é administrada no consultório médico, na clínica ou no hospital, em regime ambulatório (sem necessidade de haver internamento).”

— Roche

Quimioterapia

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Tratamento que utiliza de substâncias químicas, com o objetivo de matar células cancerosas. Este tipo de tratamento é considerado agressivo por causa dos seguintes efeitos colaterais:

“Além das células do câncer, o quimioterápico também age sobre outras células de divisão rápida, que estão sempre se renovando. É o caso do cabelo, da pele, da unha, das mucosas e da medula.”

— Lied Pereira, responsável pelo setor de oncologia do Hospital das Clínicas da UNESP de Botucatu.

Radioterapia

isso é usado para se concentrar em pequenas áreas de câncer, podendo ser dividida em dois tipos:

  • radiação externa – a radiação vem de uma máquina, que dirige os raios para a zona corporal onde se localizam as células tumorais. Esta terapia é regional, tendo em conta que afeta apenas as células na área tratada. Normalmente, os tratamentos são realizados durante 5 dias por semana, durante alguns meses;
  • radiação sistêmica – algumas pessoas com linfoma recebem uma injeção de material radioativo, que percorre pelo organismo. Esta substância se conecta aos anticorpos, que procuram as células tumorais, destruindo as células do linfoma.

Transplante de células-tronco

isso pode restaurar a medula óssea danificada após quimioterapia ou depois da terapia de radiação de alta dose. Também pode-se dividir este tipo de transplante em dois:

  • transplante autólogo: neste transplante, são utilizadas as próprias células-tronco do paciente, que podem ser retiradas usando uma agulha, geralmente a partir do osso do quadril. O procedimento tem um baixo risco, mas a área onde a agulha foi inserida pode gerar dor;
  • transplante alogênico: se as células-tronco do próprio paciente não forem adequadas para o transplante, será preciso ter um doador saudável.

Além dos mais comuns citados acima, também podemos citar o uso de esteroides, que podem ser injetados no tratamento para linfoma ou a prática de cirurgia, que é usada para remover o baço ou outros órgãos, depois que o linfoma se espalhou ou para obter uma biópsia.

Agora você sabe mais sobre tratamento para linfoma, esperamos que tenha te nesta caminhada! Deixe seu comentário.

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