O câncer de pulmão é caracterizado por uma mutação em uma célula pulmonar saudável. Essa alteração ocorre, pois a pessoa foi exposta aos fatores que desencadeiam essa “deformação” no gene que são relacionados a multiplicação celular. O resultado é que a célula obtém características próprias e começa a se multiplicar anormalmente e descontroladamente, ocasionando o câncer.
Esse tipo de câncer é um tumor maligno, tendo como característica a agressividade de sua evolução, assim como, a sua capacidade de gerar metástases. Os pesquisadores identificaram inúmeros tipos dessa doença, e as dividem em dois grupos:
- Carcinomas de células não-pequenas;
- Carcinomas de pequenas células.
“O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns do mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de um milhão e setecentos mil casos novos são diagnosticadas anualmente. Estimativas mostram que o câncer de pulmão, ao lado dos tumores de traqueia e brônquios, é o segundo mais incidente nos homens, com 17.330 novos casos para 2016. Nas mulheres é o quarto mais frequente, representando 10.890 novos casos.”
-A.C. Camargo, Centro Integrado de Diagnóstico, tratamento, Ensino e Pesquisa.
Fique sabendo: o que são metástases?
Metástases são células cancerígenas que se desprenderam do tumor inicial (câncer de pulmão) e seguiram pelo corpo se instalando em outros órgãos se multiplicando e gerando novos tumores. Os órgãos que mais são acometidos por metástases do câncer pulmonar são:
Tipos dos cânceres pulmonares
Conforme foi mencionado, o câncer no pulmão é dividido em dois grupos, detectar a tipologia é de suma importância, pois irá determinar qual será o melhor tratamento, bem com, o nível da gravidade.
Carcinoma de células não pequenas
São os cânceres mais comuns na população, representando segundo as pesquisas 80% dos casos. Os carcinomas de células não pequenas, ainda são subdivididos em 3 tipos:
- Adenocarcinoma;
- Carcinoma epidermoide;
- Carcinoma de grandes células.
Carcinoma de células pequenas
São cânceres menos comuns, representando 20% dos casos na população. Possuem como características a agressividade e a capacidade de se propagarem rapidamente.
Fatores de riscos
Pode até parecer demagogia, ou até mesmo clichê, entretanto, o maior fator de risco é o tabagismo. O tabaco possui inúmeras substâncias químicas, e algumas já foram identificadas como tumorigênicas. Os fumantes ativos ficam expostos aos riscos de acordo com a quantidade de maços de cigarros que são fumados por dia, assim como, o tempo que exercem o vício de fumar, ou seja, quanto mais cigarros a pessoa fuma no dia, bem como, o tempo que ela é fumante irá determinar a probabilidade de desencadear a moléstia.
Estudos revelam que 90% das pessoas que foram diagnosticadas com o câncer de pulmão, relatam o fato de serem fumantes ou já terem fumado em algum momento de suas vidas. O problema, é que o fumante ativo não coloca apenas a sua vida em risco, ele coloca também as das pessoas que ficam expostas a fumaça do cigarro.
Conhecidos como fumantes passivos, eles possuem um quarto de chance de desenvolverem a doença a mais do que quem nunca foi exposto ao risco (fumaça do tabaco). Para obter dicas de como parar de fumar clique aqui.
Outros fatores que também podem colaborar com o aparecimento da mazela (todavia em menor escala em relação ao fumo de cigarros), é a exposição aos agentes químicos abaixo:
- Arsênio;
- Cromo;
- Asbesto;
- Sílica;
- Cádmio;
- Radônio.
Em menor escala também, precisamos ressaltar que o histórico familiar de casos da doença, pode colaborar com o aumento de riscos.
“Apesar de ser um tipo frequente de câncer e de causar muitas mortes, o câncer de pulmão é uma doença potencialmente evitável. O consumo de tabaco está estritamente associado ao desenvolvimento desse câncer e é a causa de cerca de 90% de todos os casos.”
-A.C. Camargo, Centro Integrado de Diagnóstico, tratamento, Ensino e Pesquisa.
Sintoma
Identificar os sintomas é um grande agravante! Pois, os sinais que o organismo apresenta pode muito bem ser confundido com os sintomas de algumas outras doenças respiratórias, por exemplo, a tuberculose, enfisema pulmonar, bronquite e a pneumonia.
Outro agravante, é que normalmente a sinalização que o corpo concede, informando que os pulmões estão sendo acometidos por um tumor só aparece na etapa em que o câncer já está avançado. Veja os sintomas a seguir:
- Tosse;
- Dor torácica;
- Dificuldade para engolir;
- Perda de apetite;
- Falta de ar;
- Emagrecimento;
- Dor nas articulações;
- Cansaço;
- Desânimo;
- Dor de cabeça;
- Náuseas e vômitos;
- Dores nos ossos;
- Chiado no peito;
- Catarro com sangue;
- Perda de apetite.
Diagnóstico
Frente a suspeita clínica, os especialistas podem solicitar os exames:
- Radiografia simples do tórax;
- Tomografia computadorizada do tórax;
- Broncoscopia;
- Punção percutânea orientada pela tomografia.
O diagnóstico é importante para identificar o estadiamento da doença, bem como, sondar se ocorreu uma possível metástase em outra região do corpo. Para identificar uma possível lastração para outro órgão, são utilizados os exames:
- Ressonância nuclear magnética para o cérebro;
- PET-CT para analisar outras partes do corpo.
É através do diagnóstico que se obtém a classificação do câncer do pulmão. Existem 7 estádios classificatórios:
- IA;
- IB;
- IIA;
- IIB;
- IIIB;
- IV.
O IA representa os tumores extremamente pequenos, com entorno de 2 cm e o IV para aqueles que estão em uma fase muito avançada e com a presença de metástase. Vale ressaltar, que devido à dificuldade de se identificar a doença em estádios iniciais, o diagnóstico se dá sempre quando o problema já está critico. Apenas 20% dos casos são detectados no começo da mazela.
Tratamento do câncer de pulmão
O estádio da doença irá determinar qual será o tratamento, podendo ser cirúrgico, por irradiação e/ou quimioterápicos, bem como, por terapias alvo.
Cirurgia
A cirurgia é uma possibilidade de tratamento para os casos de câncer de pulmão de células não pequenas. É feita a remoção do tumor, assim como, de uma área de segurança para mitigar a possibilidade das células anormais de se propagarem. Os linfonodos também são removidos nesse procedimento.
Radioterapia
A radioterapia tem por objetivo irradiar as células cancerígenas e destruí-las. Para os casos avançados que não é possível realizar uma cirurgia esse tratamento é o mais recomendado.
Quimioterapia
Ela é indicada tanto para os casos que foram tratados com uma cirurgia, bem como, com os tratados com radioterapia. As pessoas que estão sofrendo com metástase também são beneficiadas com a quimioterapia. Nos casos em que ocorre uma cirurgia, o tratamento com medicamentos quimioterápicos pode ocorre antes do processo cirúrgico (neoadjuvante), ou depois (adjuvante).
Prevenção
A prevenção consiste no rompimento do hábito de fumar imediatamente, pois conforme foi alertado, o tabagismo é o maior precursor da doença. As mulheres se tornaram um ponto de alerta para o câncer de pulmão, pois nos últimos anos aumentaram-se os números desse tipo de tumor no sexo feminino. Estudos constataram que a mulher está fumando bem mais, assim como, ela pode ser mais susceptíveis aos efeitos negativos e maléficos do cigarro no organismo.
A prevenção é a melhor arma contra o câncer de pulmão. Cuide-se. Deixe o seu comentário. Participe!