Tipos de cisto – Sintomas e o tratamentos

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Conheça alguns tipos de cisto e saiba quais são os sintomas, bem como o tratamento para cada um. Às vezes identificamos em nossos corpos algumas elevações sobre a pele, ou recebemos o diagnóstico de alterações em nossos exames, tanto essas elevações, como essas alterações podem ser cistos. E logo surgem algumas perguntas: mas, o que é? Será que é um tumor? Devo me preocupar?

São muitas as dúvidas, mas não fique aflita, iremos divagar sobre os inúmeros tipos de cisto e te ajudar a obter mais conhecimento em torno desse assunto tão importante para a saúde da mulher, e das outras pessoas de um modo geral.

O que é um cisto?

Imagine você, que o cisto seja um saquinho que pode guardar distintas substâncias em seu interior. O termo “saquinho” faz o maior sentido, pois a palavra (cisto) é originária do grego Kystis, que significa quisto. Traduzindo: saco. Ou seja, cisto, nada mais é que um saco podendo conter líquidos, conteúdos semissólidos, pastosos, até mesmo o ar pode ser guardado dentro de uma membrana cística.

“trata-se de um nódulo benigno que pode surgir em qualquer área do corpo, porém é mais comum na face, pescoço e tronco, que são regiões com maior acúmulo de glândulas sebáceas.”

-Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Conforme a citação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o cisto pode surgir na pele, todavia, não é restrito apenas a cútis, qualquer tecido do organismo, pode ser acometido por essa alteração.

Quais são as causas que levam ao surgimento do cisto?

As causas que levam ao aparecimento dos “sacos” são distintas, podendo ser de ordem interna, ou externas, bem como podem estar ligadas à microrganismo, ou questões relacionadas aos hormônios.

  • Infecção;
  • Obstrução de glândulas sebáceas e/ou dutos;
  • Disfunções hormonais;
  • Corpos estranhos em contato com a pele;
  • Parasitas;
  • Inflamações crônicas;
  • Doenças hereditárias.

Os tipos de cisto

Conforme foi notificado, os cistos podem surgir em qualquer região do corpo, assim como eles estocam diferentes elementos em seus interiores. E são esses fatores: local, e armazenamento que irão determinar os tipos dos cistos. Separamos os mais recorrentes para que você possa conhecê-los. Veja a seguir.

Cistos nos ovários

Os cistos nessa região podem surgir por diferentes causas, e, portanto, podem apresentar distintos sintomas, dependo do local em que estão instalados. Eles podem se fixar dentro, fora e até mesmo em cima do ovário.

Esses cistos são provindos de uma disfunção hormonal, por isso é tão recorrente em mulheres que estão na pré-menopausa, ou na pós-menopausa. Portadoras de endometriose, e/ou de quadros inflamatórios na região pélvica. Normalmente esses cistos não apresentam riscos para a ovulação, todavia, se eles apresentarem mais de 10 cm, ou forem constituídos por áreas sólidas e líquidas é necessário recorrer ao procedimento cirúrgico.

Cisto aracnoide

Dentre os tipos de cisto, esse é desenvolvido no momento da formação do feto, possui esse nome, pois é resultante de um erro na válvula das membranas aracnoides. Essas membranas são responsáveis por possibilitarem a passagem do líquido cefalorraquidiano pelo cérebro.

O cisto aracnoide é assintomático, ou seja, não dispara sinais no organismo. Entretanto, é importante ressaltar que algumas pessoas diagnosticadas com a moléstia sentiram dores de cabeça, tonturas, bem como foi constatado um acúmulo em demasia do fluído cérebro-espinhal.

Cisto de Bartholin

Bartholin são glândulas responsáveis pela liberação de um líquido, que auxilia na lubrificação no momento da relação sexual a genitália feminina. O lubrificante percorre por pequeninos tubos até chegar na vagina. O problema é que se os ductos ficarem bloqueados, ou ocorrer uma danificação na estrutura, o líquido não terá vasão, podendo ocasionar um cisto.

Esse é mais um dos tipos de cisto que não apresenta sintomas, exceto quando o líquido que preenche o seu interior sofre uma infecção. Nesses casos é comum as queixas de:

  • Inchaço na região;
  • Dor;
  • Vermelhidão.
  • Liberação de pus.

Você sabia: quando o cisto é preenchido por pus, o nome que ele recebe é de abscesso, e dependendo do grau da inflamação faz se necessário uma drenagem para remover o líquido purulento.

Cisto de Baker

É resultante do excesso do líquido sinovial dentro das articulações que ficam alocadas em uma bolsa localizada na parte posterior do joelho. Este cisto causa o inchaço da região, e dificulta a execução dos movimentos. Pessoas que sofrem de artrite, lesões na cartilagem do joelho, ou de outros problemas nas articulações podem ser acometidas pelo cisto de Baker.

A maturação corporal é um estágio natural da vida, todavia, ela pode chegar e trazer sequelas, principalmente nos joelhos, que sustentam ao longo dos anos uma carga, bem como são vítimas de posturas incorretas e de atitudes hostis que colocam em xeque a integridade. O fato é que ocorre um desgaste nas estruturas permitindo o aparecimento de inflamações, assim como o acúmulo do líquido sinovial, fatores ideias para o surgimento do cisto de Baker.

Cisto de Calázio

O cisto de calázio é formado nas pálpebras, e é resultante do entupimento, ou de uma inflamação na glândula meibomiana. Essa glândula é designada pela produção da lubrificação dos nossos olhos através das lágrimas.

As causas que levam a obstrução dos ductos lacrimais podem ser, a falta de limpeza dos olhos, desregulação dos hormonais, o consumo excessivo de carboidratos, bem como o descuido de um modo geral para com a alimentação.

Cisto na mama

Os cistos na mama fazem parte do grupo de tipos de cisto bastante recorrentes na população feminina. Normalmente eles aparecem no período menstrual e são constituídos por líquido. A origem deles é benigna são constituídos em seus interiores por líquido. Causam sensibilidade, podendo até mesmo causar dores nas mamas.

Eles normalmente não são palpáveis, portanto apenas conseguimos diagnostica-los através de exames de imagens, a ultrassonografia é um ótimo método para identifica-los. Dependo do tamanho do cisto, ele pode dificultar, ou até mesmo impedir a realização de exames. Para esses cenários o especialista pode optar pela remoção. O alerta para os casos de cisto na mama ocorre quando é detectado a presença de elemento sólido dentro do líquido.

Cisto sinovial

O cisto sinovial é um nódulo pequeno, de natureza benigna que que pode se alojar sobre articulações e tendões. Normalmente é indolor, apenas quando está pressionando os nervos pode causar dor e desconforto. O cisto sinovial tende a desaparecer sozinho, todavia, caso o seu tamanho esteja incomodando a execução de atividades, é possível realizar a drenagem, ou recorrer a remoção através de uma ganglionectomia.

Cisto na mandíbula

Trata-se de um tumor benigno, entretanto, com um desenvolvimento agressivo. A sua formação se dá por restos de células nos dentes. Ele surge com maior frequência na parte posterior da boca. Também conhecido como ceratocisto odontogênico, pouco se sabe como se dá o seu surgimento, o que foi observado é que 60% dos casos ocorrem entre os 10 aos 40 anos de idade.

Pesquisas revelam ainda que, 80% das pessoas que foram detectadas com o cisto possuem o crescimento dessa alteração orgânica para o interior da boca. O cisto na mandíbula pode alterar a estrutura facial, devido ao seu crescimento intenso.

“O tratamento do ceratocisto odontogênico é igual ao tratamento de outros tipos de cistos, feito por meio da enucleação e curetagem, bem como a descompressão em casos de extensas lesões. Para prevenir o reaparecimento das lesões, são realizados procedimentos preventivos, como a cauterização química da cavidade óssea com solução de Carnoy após a retirada do cisto, marsupialização e crioterapia.”

-Débora Carvalho Meldau, jornalista.

Em relação ao cisto de mandíbula, é importante esclarecer que:  

“O ceratocisto odontogênico pode recidivar. Deste modo, é importante que o paciente faça um controle semestralmente ou anualmente. É estabelecido um período de cinco anos; contudo, existem casos de recidiva após 40 anos da remoção do primeiro cisto.”

-Débora Carvalho Meldau, jornalista.  

Cisto na pele

A nossa pele possui uma técnica de hidratação natural, onde as glândulas sebáceas liberam uma oleosidade a fim de garantir a proteção, e o efeito hidratante para cútis, entretanto, esses ductos também podem sofrer com entupimento, ou obstrução e produzir um cisto. A obstrução pode ser desencadeada por alguns traumas na pele, sendo eles:

  • Arranhões;
  • Cortes;
  • Feridas;
  • Acne.

Os cistos na pele, conhecidos também como cistos sebáceos só apresentam sintomas, quando estão passando por um quadro inflamativo, causando dores na região. Nesses casos faz-se necessária a cirurgia de remoção. E tipo de cisto pode surgir em qualquer região do corpo, até mesmo no couro cabeludo.

O especialista que irá acompanhar a evolução do tratamento é o dermatologista. Para os cistos sebáceos que cresceram na cabeça é comum a solicitação de analise clínica após a remoção para investigar se a alteração não se trata de um câncer. De modo geral esses tipos de cisto são benignos.

Você já teve um cisto em alguma parte do corpo? Conte-nos como foi o tratamento. Participe!

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