Doença celíaca: quando o corpo reage ao glúten!

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Anda com a barriga estufada, com gases, ânsia de vômito, diarreia e outros desconfortos estomacais? Fique atenta! Você pode estar sofrendo de doença celíaca!

O que é a doença celíaca?

De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, a doença celíaca é muito comum no Brasil, apresentando mais de 150.000 casos por ano, sendo crônica, a qual afeta desde crianças até idosos.

Essa patologia acontece por uma falta de tolerância ao glúten, que nada mais é do que uma união de proteínas encontrada no endosperma da semente de alguns cereais, como: trigo, aveia, cevada e centeio. Estes grãos são usados muito usados em alimentos consumidos no dia a dia, como massas, pizza, bolo, pães, biscoitos, cerveja e alguns doces.

Além dos citados acima, o glúten também pode ser encontrado em bebidas alcoólicas, tendo como principais o uísque ou a vodka, provocando no organismo uma dificuldade de absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água dos alimentos.

Causas

Ao ser exposto ao glúten, o sistema imunológico tem uma resposta anormal, gerando uma série de anticorpos que podem afetar vários órgãos.

No intestino delgado, essa resposta causa uma reação inflamatória, que faz diminuir as vilosidades intestinais (camadas de células epiteliais que aumentam a absorção de nutrientes após a digestão). Isso afeta a absorção nutritiva pelo intestino, podendo até mesmo, em um grande número de casos, gerar anemia.

“Em pessoas predispostas, moléculas não digeridas de gliadina, ao entrarem em contato com as camadas mais internas da mucosa intestinal, disparam uma reação imunológica no intestino delgado, causadora do processo inflamatório crônico responsável pelos sintomas.”

— Dr. Drauzio Varella

 

A doença não se desenvolve em pessoas que não sejam portadoras do gene HLA-DQ2 ou HLA-DQ8.

Amamentar é uma forma de proteção à criança que possui predisposição genética ao problema. Fazer o bebê consumir glúten antes dos 4 meses de idade pode elevar o risco. Por prejudicar a integridade da mucosa, a ocorrência de infecções no intestino, como as causadas por rotavírus, também sobre o risco na infância.

É importante e óbvio que o primeiro passo para se chegar a um diagnóstico é lembrar o médico que a doença existe.

Diagnóstico

Para diagnosticar a doença é importante a realização de alguns procedimentos, como: endoscopia, com biópsia de duodeno, para captar a presença do infiltrado inflamatório característico, e adotar uma dieta livre de glúten, para analisar se há melhora nos sintomas.

Sintomas

Os sintomas podem variar de acordo com a idade. Em crianças, os pequenos costumam sentir:

Já na puberdade e na adolescência, os jovens costumam apresentar: baixa estatura, anemia e problemas neurológicos.

Os adultos sofrem com crises de diarreia, desconforto na região do abdômen e dor. Também pode-se apresentar, secundariamente, anemia ferropriva (por falta de ferro), diminuição dos níveis de cálcio, dermatite, emagrecimento e alterações no fígado.

Para cada caso em homem, existem dois ou três outros em mulheres.

Tratamento

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O tratamento se baseia basicamente no corte definitivo dos alimentos que contêm glúten do cardápio (centeio, trigo e cevada). Esta medida já apresenta resultados de melhora clínica em dias ou algumas semanas, mas as alterações visíveis nas biópsias podem permanecer por meses e até mesmo anos.

É de extrema importância corrigir as deficiências vitamínicas e de sais mineirais, avaliando também a densidade óssea e a presença de anemia ou déficits no crescimento.

Aderir a uma disciplinada dieta sem glúten não é uma tarefa fácil, já que ele se encontra em grande parte dos alimentos industrializados. Os que não possuem essa substância são mais caros e difíceis de se encontrar.

Relato de quem sofre com o problema

Faz muitos anos que associações defensores dos direitos de portadores da doença celíaca cobram os governantes para que haja um rigor no cumprimento da lei, que obriga fabricantes a estampar na embalagem dos alimentos se há ou não presença de glúten. Esta medida é simples e evitaria o sofrimento do 1% da população mundial, que sofre da patologia.

Gostou de saber mais sobre a doença celíaca? Sofre com o problema? Como foi cortar o glúten do cardápio? Conte-nos e ajude milhares de pessoas que podem estar passando pelo problema!

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