O Alzheimer é uma doença de atinge mais de 2.000.000 de brasileiros anualmente, e a maioria deles com mais de 60 anos. Descubra as causas, sintomas e tratamentos deste male.
O que é Alzheimer?
Também chamado de mal de Alzheimer, esta doença atua nas conexões cerebrais, fazendo com que as próprias células se degenerem e morram, prejudicando a memória e outras funções mentais muito importantes.
Ação da doença
Em um microscópio é possível ver que o tecido com Alzheimer possui um número menor de células nervosas e sinapses (conexões entre os neurônios) do que um cérebro saudável.
Graus do mal de Alzheimer
Baseado em informações do Hospital João Evangelista, podem-se observar a seguir os três estágios e sintomas do Alzheimer.
Estágio inicial
Nesta fase, antes que os sintomas possam ser detectados, placas e emaranhados começam a se formar nas regiões do cérebro, causando:
- lapsos de memória recente;
- mudança de comportamento, onde a pessoa introvertida fica mais falante ou vice-versa;
- senso de direção alterado, onde o doente acaba se perdendo;
- atitude mais agressiva que o normal, até mesmo sem justificativa aparente;
- dificuldade em fixar novas informações;
- teimosia, onde o doente insiste em alegar que não há nada de errado com ele.
Estágio Intermediário
Placas se agrupam entre as células nervosas e os emaranhados aparecem em maior quantidade, desencadeando:
- perda mais intensa da memória;
- repetição infinita de informações;
- estranhamento da própria casa e pertences;
- alternância entre momentos de lucidez e confusão mental;
- stress psicológico e depressão;
- agressividade ao ser contrariado;
- começa a ter dependência física para algumas atividades;
- esquecimento de palavras óbvias.
Estágio grave
O cérebro encolhe muito devido à morte das células no órgão, apresentando:
- dependência física total, onde os comandos do cérebro foram destruídos;
- não anda e quase não fala;
- não reconhece aos outros nem a si;
- aparecimento de infecções, principalmente urinária e pneumonia;
- o ato de engolir fica prejudicado;
- aparecimento de feridas e problemas circulatórios, por passar longos períodos deitado ou sentado.
Depoimentos
“Meu avô não tinha noção do horário. Acordava no meio da noite acreditando ser o horário de ir para a igreja e tínhamos que ir atrás dele.” — Carina Albuquerque
“Meu pai saía de roupa íntima na rua, pois não tinha noção de onde estava nem do que estava fazendo. Muitas vezes tivemos que procurar ele por aí.” — Silvia Pereira
“Meu tio esquecia que a mulher dele já tinha falecido e ficava procurando por ela, além de não se lembrar de que as filhas tinham nascido.” — William Santos
“Minha vizinha esquece de se alimentar ou que já se alimentou, seus filhos sempre ficam observando.” — Deolinda de Jesus
“Minha avó deixava o gás ligado, tínhamos que ficar sempre atentos em casa, pra não ter nenhum risco pra ela e pra nós.” — Mercedes Xavier
“Minha avó esqueceu que eu era neta dela e acreditava que eu ia em sua casa e cuidava dela porque era enfermeira.” — Maria Trindade
Fatores de Risco
É importante se prevenir se houverem casos de Alzheimer na família, pois a genética tem uma influência muito forte no organismo. De acordo com o jornal Lancet Neurology, os afetados pela doença diminuiriam em 25% se não fossem os seguintes fatores: tabaco, sedentarismo, baixa atividade mental, hipertensão, diabetes, obesidade e depressão, agravantes da patologia.
Tratamentos
Não existe cura para o mal de Alzheimer, mas a união entra medicação e estratégias de controle através de exercícios para o corpo e para a mente, podem melhorar temporariamente os sintomas.
Suplemento alimentar
Age de forma isolada ou junto com outros tratamentos para melhorar a saúde.
Medicamentos que melhoram o aprendizado
Melhoram as conexões mentais, reduzem a pressão nas artérias e podem reequilibrar o humor.
Exercício físico
“Fazer uma atividade aeróbica por 20-30 minutos, cinco dias por semana, melhora a condição cardiovascular. Em caso de lesão, praticar uma atividade que evite usar o grupo muscular ou articulação lesionados pode ajudar a manter a disposição física durante a recuperação.”
— Hospital Israelita Albert Einstein
Leitura
A leitura sem dúvida é um grande exercício para a memórias, já que mantém o cérebro em constante atividade, não permitindo que ele fique parado.
Jogos
Desde os jogos mais simples como palavras cruzadas, caça-palavras, cartas e de pintura, aos mais complexos como os de videogame, podem ajudar muito a memória. Alguns jogos virtuais hoje em dia permitem que você exercite o corpo e o cérebro ao mesmo tempo. As opções são infinitas, basta escolher o favorito e começar!
Sofre com o mal de Alzheimer ou conhece alguém que tem? Assim como nos depoimentos, teve de cuidar de alguém com a doença? Conte sua história aqui no Saudável e Feliz.