Também chamada pelos médicos de síndrome de Stein-Leventhal ou anovulação crônica hiperandrogênica, a Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio muito presente na vida das brasileiras, atingindo por volta de 2.000.000 de casos por ano. Isso quer dizer que de um total médio de 207.477.531, 0,96% sofrem com o ovário policístico, de acordo com dados do IBGE.
O que é a Síndrome do Ovário Policístico?
A SOP é uma doença endocrinológica, desencadeada pelo aumento da fabricação de hormônios masculinos no corpo.
Para obter um diagnóstico de ovário policístico, é necessário que a paciente tenha 2 ou 3 sintomas, e que se descarte outra doença que pode desencadeá-las. O médico também deve analisar o histórico clínico, além de realizar exames físicos.
De acordo com ginecologistas, uma em cada 15 mulheres na idade fértil sofre de Síndrome do Ovário Policístico e a resistência à insulina atinge 50 a 70% das pessoas que possuem a Síndrome, independendo do peso corporal.
A SOP pode estar unida à um risco maior para outros tipos de doenças, como: taquicardia, câncer de endométrio e diabete.
Principais sintomas
- menstruação irregular;
- resistência a insulina;
- dificuldade de emagrecer;
- aumento de pelos;
- problemas de pele (principalmente acne);
- aumento no volume do ovário;
- queda de cabelo;
- problemas de fertilidade;
- cistos no ovário.
Cisto no ovário e ovário policístico são a mesma coisa?
Não! A maior diferenciação entre cisto no ovário e ovário policístico consiste no tamanho e na quantidade dos cistos. Normalmente, a Síndrome apresenta de 10 a 20 pequenos cistos com 0,5 cm de diâmetro, enquanto e cistos no ovário são únicos, em um tamanho bem maior, podendo medir de 3 a 10 centímetros.
A exceção que faz com eles não sejam sempre únicos é no caso de estímulo ovariano para fertilização assistida (inseminação artificial), que pode gerar de 5 a 10 cistos em tamanhos maiores.
O que acontece quando mulheres com ovário policístico chegam à menopausa?
Devido ao hiperinsulinismo, mulheres com SOP possuem um risco mais elevado de ter doenças do coração quando chegam à menopausa. Geralmente estas mulheres ficam hipertensas e desenvolvem diabete de tipo II, que é o tipo no qual não depende de insulina, já que possui alta resistência à mesma, por isso, é importante buscar tratamento para a resistência à insulina.
Alimentação pode ajudar!
De acordo com informações da Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, boa alimentação e atividade física (ASSISTA O VÍDEO AQUI) representam a mais eficaz forma de combater a SOP, pois impactam na melhora da resistência à insulina, na volta dos ciclos ovulatórios regulares e até mesmo na perda de peso.
Por onde começar?
- Reduza o açúcar! Isso impactará diretamente na resistência à insulina corporal;
- Segundo a nutricionista Tatiana Zanin, tomar 1 ou 2 copos de leite de soja diariamente ajuda a reduzir a quantidade de testosterona, além de equilibrar o estrogênio;
- Coma 30g de farinha de linhaça por dia! Ela possui lignanas e ômega 3, que diminuem as inflamações do organismo;
- Alimentos com Vitamina A e E auxiliam na regeneração da pele. Os mais indicados são: mamão, abóbora, batata doce e semente de girassol;
- Poupa de açaí, aveia e cenoura crua são ricos em cromo, que diminuem a resistência à insulina, consequentemente, a vontade de comer doces também diminui, e a gordura é reduzida.
Outras formas de tratamento
Exercícios físicos
Medicação
Para quem prefere optar por medicamentos, os anticoncepcionais são muito indicados por médicos, pois são seguros e solucionam o problema, além de não interferir no metabolismo.
Como a SOP é uma síndrome que engloba vários sinais, o tratamento pode envolver muitos tipos de medicamentos, como: estimulantes da menstruação, hipoglicemiantes orais, produtos para acne e remédios para ansiedade.
Ao fazer um tratamento com medicação correta, cerca de 50 a 80% das mulheres voltam a apresentar uma boa ovulação e 40 a 50% conseguem engravidar.
Recomendações
“— Consulte regularmente seu ginecologista. Não deixe de fazer o exame ginecológico e outros que ele possa indicar;
— Controle seu peso. A obesidade agrava os sintomas da síndrome do ovário policístico.”
Dr. Drauzio Varella.
Você faz parte das brasileiras que sofrem com a Síndrome do Ovário Policístico? Conte mais sobre sua experiência nos comentários.