A intolerância a lactose, também chamada de hipolactasia é uma disfunção enzimática, onde o nosso corpo fica incapacitado parcialmente, ou totalmente de digerir o açúcar (lactose) provido do leite e dos seus derivados.
Essa disfunção enzimática ocorre quando não há a produção, ou a produção insuficiente da enzima chamada de lactase. Enzima essa fundamental para o processo de digestão da lactose em nosso intestino.
Isso porque, é a lactase que transforma o açúcar lácteo em glicose e galactose. E quando não há condições para esse processo, o nosso organismo começa a acumular essa enzima, e é a partir desse cenário (excesso de açúcar) que desencadeia a intolerância a lactose.
A intolerância a lactose não é coisa só de criança!
É importante ressaltar que essa deficiência, não é exclusividade apenas das crianças, os adultos também são acometidos pela incapacidade de metabolizar a lactose, eles representam a maior parcela dos intolerantes.
“Cerca de 65% da população mundial adulta sofre de intolerância a lactose. Sendo apenas 2% dos afetados de fato possuem sintomas exatamente nocivos a saúde. No Brasil chega a atingir 40% da população.”
-Autor desconhecido.
O fato é que muitas pessoas possuem a disfunção, todavia, os sintomas às vezes não impactam a vida, bem como, eles podem ser associados com outras moléstias, e com isso, acaba não vinculado o sinal gastrointestinal com a intolerância a lactose.
É importante ressaltar também, que essa incapacidade não é uma doença, por isso, é relevante a observação de como o seu organismo reage após absorção de determinado alimento. Essa é a melhor maneira de diagnosticar. Veja a seguir os sinais que o corpo revela, quando está incapacitado de quebrar a lactose.
Sintomas
Os sintomas a seguir não são específicos da intolerância a lactose, portanto, fique atento ao seu processo digestivo, ao presenciar alguns dos sintomas abaixo, tente buscar uma associação com a ingestão de lacticínios. Os sinais mais recorrentes são:
- Dor abdominal;
- Arroto;
- Gordura nas fezes;
- Diarreia;
- Flatulência;
- Câimbras;
- Gases;
- Assaduras;
- Ardor anal;
- Inchaço abdominal;
- Náusea;
- Vômito.
Os 3 tipos de intolerância a lactose
O que leva uma pessoa a desenvolver a incapacidade de absorver o açúcar do leite é variável, existem 3 tipos de fatores que propagam a deficiência:
Primária
A deficiência primária é a mais recorrente em nossa população. O nosso organismo não produz a lactase com a mesma intensidade de quando éramos recém-nascidos, após a puberdade até o final da vida, ocorre o declínio da produção. É um processo natural, assim como, é algo progressivo.
Secundária
A lactase age especificamente no intestino, local onde ocorre a quebra da lactose em glicose e galactose. Com isso, as condições do órgão (intestino) também colaboram com o aparecimento da intolerância a lactose. Algumas doenças podem causar lesões no trato intestinal, são elas:
- Doença de Crohn;
- Doença celíaca;
- Diarreia;
- Alergia ao leite;
- Infecções e/ou inflamações.
Congênita
A genética pode também influenciar fazendo com que a criança nasça com a deficiência de produzir a lactase. Nessas condições o quadro é crônico – a equipe médica precisa interromper o aleitamento materno e buscar um substituto que não tenha lactose.
Diagnóstico e o tratamento
O diagnóstico se dá através de três testes, que buscam identificar sinais orgânicos da disfunção, são eles:
- Teste de intolerância à lactose;
- Teste de hidrogênio na respiração;
- Teste de acidez nas fezes.
Já o tratamento, ocorre com base no controle através de uma dieta livre de lacticínios, bem como, com a prescrição de suplementos alimentares. É importante ressaltar que, a suspensão do leite e seus derivados, não pode ser definitiva.
O organismo da mulher, assim como, o de qualquer outra pessoa necessita de cálcio, principalmente na maturidade para evitar o aparecimento da osteoporose. O cálcio unido com a vitamina D proporciona a formação óssea. O mineral encontrado no leite também pode ser absorvido por intermédio de outros alimentos, caso você esteja passando por uma dieta sem lacticínios:
Enfim, a intolerância a lactose não é um bicho de sete cabeças, é possível manter uma qualidade de vida, mesmo vivendo nessa condição. Procure o seu médico para que seja administrada para você, a melhor terapêutica de acordo com as suas necessidades. Cuide-se!
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