De acordo com a SBG — Sociedade Brasileira de Glaucoma, esta doença atinge 1 milhão de pessoas no Brasil, ou seja, 2% da população brasileira acima de 40 anos sofre de lesão no nervo óptico. Descubra mais sobre a doença e como tratá-la corretamente!
O que é o Glaucoma?
O glaucoma é uma doença neurodegenerativa, onde as fibras as quais estruturam o nervo óptico sofrem lesões. Esta lesão progride ao longo dos anos e não há como revertê-la, mas é possível atrasar seu desenvolvimento.
Esta patologia óptica costuma aparecer de forma mais comum em diabéticos, com idade elevada, em pessoas que utilizam colírio a base de corticoides durante um longo período, que sofreram alguma lesão ocular grave ou que já tiveram casos do problema na família.
Como podemos observar acima, o olho normal possui um fluxo aquoso (lágrimas) e um canal de drenagem (canal lacrimal). Quando o glaucoma atinge a região ocular, este canal fica bloqueado, dificultando a passagem da água, causando um acúmulo da mesma. Isso desencadeia uma pressão intraocular muito grande, danificando os vasos sanguíneos e o nervo óptico, podendo levar à cegueira se não tratado.
Tipos de Glaucoma
Glaucoma de Ângulo Aberto
Atinge adultos em que o sistema de drenagem ocular não funciona corretamente, à medida que a pessoa envelhece. Esta patologia pode causar danos à visão de maneira gradual e indolor, sendo quase imperceptível, a não ser pelos exames. Além disso, costuma causar perda gradual da visão periférica lateral.
Glaucoma de Ângulo Fechado
É definido pelo bloqueio do ângulo de drenagem, e seus sintomas envolvem: dor, vermelhidão ocular acentuada, náuseas, redução da visão, halos coloridos em torno de luzes, dor de cabeça e vômito.
Glaucoma Secundário
Este tipo de glaucoma aparece quando o ângulo de drenagem é atingido por algum tipo de lesão, tumor, inflamação, vasos sanguíneos anormais e uso de esteroides.
Glaucoma Congênito
O Glaucoma Congênito atinge em maior parte os bebês recém-nascidos, sendo um tipo extremamente raro e hereditário, causando a má formação dos olhos.
No geral, todos os tipos de glaucoma apresentam uma redução gradativa da visão, sendo este o principal sintoma.
Exames
É importante que depois dos 40 anos o paciente procure rotineiramente um oftalmologista. Os exames mais indicados pelos médicos são geralmente: campimetria visual, exame de sensibilidade ao contraste, gonioscopia, avaliação periódica com fotografias de fundo do olho, medição da espessura da córnea (paquimetria) e análise estrutural do nervo óptico e camada de fibras nervosos (HRT e OCT).
Tratamento
É importante salientar que a melhor forma de tratamento do glaucoma é a preventivo, onde o oftalmologista pode diagnosticar corretamente o problema através de seu histórico e apontar o tratamento adequado para o caso.
Como a doença não tem cura, o tratamento deve ser feito ao longo de toda a vida, por meio de colírios hipotensores, comprimidos e em quadros extremos, a cirurgia. O tratamento tem a intenção de reduzir a pressão intraocular, consequentemente, diminuindo a lesão no nervo óptico.
Como a cirurgia é realizada?
A cirurgia é feita através de instrumentos microcirúrgicos, coma intenção de criar um novo canal de drenagem, reduzindo a pressão nos olhos. Para pessoas com Glaucoma Agudo, a cirurgia a laser é a mais recomendada. Este procedimento é feito no consultório, com anestesia tópica (lembrando que não cura o problema, apenas ameniza).
Glaucoma no Brasil
De acordo com pesquisas do Ibope, o glaucoma é a maior doença responsável por cegueira no mundo. Ainda sim, a população brasileira tem pouco conhecimento sobre o problema, e 40% dos participantes da pesquisa acreditavam que a doença tem cura. Nesta mesma avaliação observou-se que 50 milhões de brasileiros nunca foram a um oftalmologista, um número alarmante.
Em um outro caso, cem pacientes que possuíam glaucoma, monitorados pelo Setor de Glaucoma da UNICAMP, foram entrevistados sobre sua doença e seu tratamento.
30% dos pacientes entrevistados não sabiam que eram glaucomatosos, 8% não tinham conhecimento sobre os efeitos colaterais dos remédios que estavam utilizando, 38% desconheciam a razão da utilização de medicamentos para a doença e 34% não tinham conhecimento sobre a importância de se tratar o glaucoma.
Os pacientes entrevistados demonstraram não ter informações sobre a doença, sobre o tratamento da mesma e sobre os métodos utilizados no diagnóstico e monitorização.
Problemas com colírios colinérgicos ou mióticos
Estes colírios trabalham na retirada do líquido que é produzido no canal ocular, que pode ser usado também com outros medicamentos para glaucoma.
O que algumas pessoas não se atentam é ao seu principal efeito colateral: a visão escurecida, que aparece principalmente à noite, ou em locais com pouca iluminação. É importante seguir a orientação médica à risca, para não ter efeitos contrários.
Possui a doença ou conhece alguém que sofra com ela? Conseguiu identificar a tempo? Como você trata? Deixe seu comentário no Saudável e Feliz!
Descobri a 4anos, porém a dr não falou davgravidade, ano passado comecei o tratamento porem já perdi uma porcentagem de ambos, cuido corretamente, mudei minha alimentação, rotima, evito abaixar a cabeça, cortei o café, carboidratos porém ainda esta avançando, pressão mais alta, a cada retorno aumenta o grau hipermetropia e astigmatismo estou desesperada e ao mesmo tempo sem forças mesmo com doos filhos 2 e 6 anos.
Ha cegueira em minha família devido ao glaucoma.
Uma pregunta quando a pressão não é muito alta e mesmo assim o nervo vai agravando é pior ou a cegueira é a unica certeza?
Já mudei muitos colirios, semana passadaa mudou novamente.
Olá Mara! A baixa pressão intraocular também pode causar lesões no nervo óptico, como é o seu caso. É importante consultar um oftalmologista, que poderá fazer os testes corretos, vendo em qual estágio se encontra a doença e se é possível estabilizá-la. Fique atenta sempre na composição do colírio, pois alguns elementos podem prejudicar ainda mais sua visão. Desejamos saúde! Abraços.