Já teve uma vermelhidão e aquele inchaço no canto do olho? Cuidado! Isso pode ser um forte sintoma da blefarite!
O que é blefarite?
A blefarite apresenta mais de 150.000 casos por ano no Brasil, podendo-se considerar então um problema comum na vida dos cidadãos brasileiros.
Inflamação não contagiosa da pálpebra interna, que afeta os cílios ou a produção de lágrimas. Isso normalmente ocorre quando há uma produção excessiva de óleo (camada lipídica), gerada pela glândula sebácea, que se inflama, criando assim uma condição que favorece o crescimento de bactérias.
De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, este problema atinge igualmente crianças de 3 anos até adultos com mais de 60.
Tipos de blefarite
- Anterior – que acontece na borda da frente da pálpebra, onde os cílios se conectam;
- Posterior – ocorre na área interior da pálpebra, que fica em contato com o globo ocular.
Sintomas oculares
- dor;
- irritação;
- inchaço;
- perda de cílios;
- coceira;
- lacrimejação;
- secura;
- secreção;
- sensibilidade à luz;
- embaçamento da visão;
- casquinhas próximas aos cílios;
- descamação da pele ao redor dos olhos.
Diagnosticando o problema
Os processos para efetuar um diagnóstico de blefarite geralmente incluem um exame de pálpebras e dos olhos, no qual o profissional pode usar um instrumento que aumente sua visão ou não. Em muitos casos, o médico pode dar preferência para o uso de cotonete, coletando uma pequena amostragem da crosta ou do óleo formado nas pálpebras.
Essa amostra é então analisada, verificando a existência de fungos, bactérias ou alérgenos.
Blefarite, calázio e terçol são a mesma coisa?
Não! Embora possam ser parecidos, de diferem em alguns pontos. O terçol fica mais na borda da pálpebra, próximo à região dos cílios, por causa do local das glândulas Zeis e Mol, onde os sinais da inflamação são mais acentuados. Mesmo que haja mais vermelhidão, dor e calor, ele normalmente drena ou some espontâneamente.
“O calázio atinge uma glândula mais profunda e, mesmo depois de ter sido controlada a inflamação, fica um granuloma que pode aumentar ou diminuir sem sinais inflamatórios. Isso pode ocorrer de vez em quando, se a glândula voltar a produzir secreção que não consegue ser eliminada, porque há um bloqueio na saída.”
— Dr. Drauzio Varella
Tratamentos
Os tratamentos para blefarite se iniciam desde atitudes simples até uso de colírios específicos, indicados pelo seu oftalmologista.
Enquanto aguarda o dia de sua consulta, pode fazer:
- lavar olhos e pálpebras algumas vezes por dia;
- aplicar uma compressa morna na área das pálpebras, com o olho fechado, por um tempo de aproximadamente 5 minutos;
- massagear as pálpebras de forma suave, com uma solução de xampu de bebê diluído em água morna, utilizando a ponta do dedo e um pano limpo;
- lave a região ocular com água levemente aquecida;
- evite coisas que possam causar irritação nos olhos, como: maquiagem ou lentes.
Recomendações médicas mais comuns
- Fazer uma limpeza da área afetada frequentemente;
- aplicar pomadas (indicadas pelo médico) compostas por antibiótios, nos casos de infecção bacteriana. Também pode haver necessidade de medicamentos antibióticos por via oral;
- usar pomadas para inflamação das pálpebras e dentro dos olhos;
- colírios, lágrimas artificais ou lubrificantes para os olhos, que podem ajudar nos casos de secura;
- tratar sintomas específicos, como rosácea, seborreia, etc, que indiretamente podem causar o problema.
Podemos afirmar então que os principais tratamentos se baseiam na limpeza das pálpebras, colírios esteroides ou antibióticos e controle no dia a dia. Não esqueça de consultar um médico, pois é possível que o problema volte a aparecer se não tratado corretamente.
Cuide bem da sua saúde ocular: “Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo.”
— Leonardo da Vinci
Já teve a blefarite, o calázio ou o terçol? Como tratou? Possui alguma “receita da vovó” para indicar? Deixe seu comentário e ajude outras pessoas que podem estar passando por este incômodo no momento.