O sarcoma é um ou mais tumores raros que se originam em qualquer parte do corpo, porém, normalmente não atingem as células funcionais e sim o tecido conectivo (que dá sustentação ao corpo), como: ossos, cartilagens, vasos sanguíneos, tecido adiposo e músculos, ao contrário dos cânceres mais comuns, que normalmente afetam a parte mais superficial ou interna dos tecidos.
O nome sarcoma vem do grego “crescimento carnoso”. Como são tipos de câncer que se espalham além do local onde começaram (metástase), são os mais difíceis de tratar.
Eles podem se desenvolver em crianças e adultos e nos casos de pessoas com menos de 20 anos, aproximadamente 15% dos diagnósticos de câncer são por sarcoma.
Tipos de sarcoma
Os locais mais comuns atingidos por sarcomas são músculos, ossos e cartilagens. Esses tumores possuem muitos subtipos, chegando a mais de 200, o que dificulta ainda mais os diagnósticos.
A nomenclatura ou caracterização do sarcoma se dá pela célula de origem ou por aquela que se assemelha, além do seu grau da risco (alto, médio ou baixo), baseado na presença ou frequência de traços celulares e subcelulares. Sendo os principais deles:
- Tumor de Askin: ocorre na área toracopulmonar;
- Condrossarcoma: que ocorre na extremidade de ossos longos;
- Sarcoma de Ewing: desencadeado nos ossos;
- Hemangioendotelioma maligno: que possuem origem vascular sanguínea;
- Schwannoma maligno: que vai do ouvido interno até o cérebro;
- Osteossarcoma: começa nas células formadoras dos ossos.
Sarcomas de tecido mole
“Os sarcomas de partes moles constituem um grupo muito heterogênio de tumores. Alguns são bastante sensíveis à quimioterapia e tendem a se espalhar pelo corpo precocemente.”
— O Estado de São Paulo
- Sarcoma Alveolar: que formam pequenos espaços ocos chamados de alvéolos;
- Angiossarcoma: que reveste os vasos linfáticos;
- Cistossarcoma filoide: ocorre na mama feminina;
- Dermatofibrossarcoma: que acontece na pele;
- Tumor Desmoide: invade órgãos ou tecidos vizinhos;
- Tumor de pequenas células redondas desmoplásicas: que acontece na região do abdômen;
- Sarcoma epitelial: que se origina de um tecido epitelial (tecido que recobre a pele);
- Ostessarcoma extraesquelético: surge fora do sistema locomotor;
- Fibrossarcoma: cresce a partir do tecido conjuntivo de suporte da medula;
- Hemangiopericitoma: ocorre na cabeça ou no pescoço;
- Sarcoma de Kaposi: causa lesões na pele, nos gânglios linfáticos, nos órgãos internos e nas membranas mucosas que revestem a boca;
- Leiomiossarcoma: que vem do músculo liso;
- Lipossarcoma: que se assemelha à gordura;
- Histiocitoma fibroso maligno: aparece mais no músculo esquelético das extremidades, na cavidade abdominal ou no retroperitôneo;
- Neurofibrossarcoma: tumores da bainha dos nervos;
- Rabdomiossarcoma: que se origina nos músculos estriados;
- Sarcoma sinovial: que ocorre em maior parte nos tendões e ligamentos.
Todos os tipos de sarcoma compartilham determinadas características microscópicas e apresentam sintomas semelhantes.
Como o sarcoma é diagnosticado?
Pessoas com estes tumores normalmente não sentem dor, ou sentem bem pouca, levando a impressão de que a pode não representar nada demais. Isso faz com que muitos pacientes só procurem auxílio médico num grau avançado da doença. O sarcoma geralmente apresenta dor se localizado em alguma região sensível.
“Quando esses tumores crescem nos membros a pessoa nota o crescimento progressivo no volume do membro ou de parte dele. Geralmente são indolores até atingir grandes tamanhos e provocar acometimento sensitivo ou motor. Como geralmente crescem de forma muito lenta, na maioria das vezes, o paciente demora para procurar ajuda médica.”
— Hospital do Câncer de Barretos
Como são muitos tipos de sarcoma, as formas de identificação também variam, mas alguns deles podem ser detectados através de: biópsia, PET Scan, raio X, ressonância magnética e tomografia.
Tratamentos
Os sarcomas que possuem baixo nível de gravidade são normalmente tratados através de cirurgia, sem necessidade de radio ou quimioterapia (mas ainda sim podem ser utilizadas se o médico optar). Nos de nível médio e alto, utiliza-se a combinação de cirurgia com radioterapia e quimioterapia, já que tumores com maior gravidade têm uma propensão mais alta de sofrer metástase, sendo necessário um tratamento mais agressivo.
A quimioterapia ajudou muito na cura dos sarcomas. Antes deste tratamento, a sobrevivência de pacientes a longo prazo que sofriam de osteossarcoma era de mais ou menos 20%, agora aumentou significativamente para 60 a 70%.
Conhece alguém que sofreu com o sarcoma ou já foi afetado por ele? Como foi? Deixe seu comentário!