Hepatite autoimune – Quando quem deveria proteger vira uma ameaça!

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Você conhece a hepatite autoimune? Também conhecida de HAI, ela é decorrente de uma ação inflamativa, no qual os próprios anticorpos combatem os tecidos do fígado. Ao contrário das hepatites virais que são decorrentes de uma infecção por um vírus, nesse tipo o responsável pela moléstia é o organismo.

O fato é que grande parte dessas pessoas que são acometidas pela doença, são do sexo feminino o que causa um alerta para a necessidade de cada vez mais pensarmos em ferramentas e políticas em prol da saúde da mulher.

“Cerca de 70% dos indivíduos afetados pela hepatite autoimune são mulheres, a maioria entre os 15 e os 40 anos de idade. É comum portadores de hepatite autoimune apresentar outras doenças autoimunes como tireoidites e doenças reumatológicas, por exemplo. É uma doença importante que se não tratada a tempo, tem chance de piorar. Considerada crônica, a hepatite autoimune pode durar anos, levando à cirrose hepática, câncer de fígado e até a insuficiência do fígado.”

-Prof. Dr. Luiz Carneiro.

O que é?

Conforme foi mencionado, a hepatite autoimune é recorrente de um autoataque das células de defesa contra o fígado. É um distúrbio do sistema imunológico, que enxerga as células hepáticas como inimigas que precisam ser devastadas.

Os sintomas

A maioria dos casos de hepatites seja ela viral, alcoólica ou até mesmo autoimune, são doenças silenciosas quase sempre assintomáticas. Quando são constados sintomas, provavelmente é um alerta para algo mais intenso. Normalmente os sintomas que mais são constatados são:

  • Dores nas articulações;
  • Dor no abdômen;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Perda de apetite;
  • Líquido no abdômen;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Rede de vasos sanguíneos inchados.

É importante alerta para uma correlação existente entre a HAI (hepatite autoimune), e outras enfermidades, isso porque, 50% das pessoas que sofrem da doença, também possuem outras moléstias. São doenças concomitantes. Exemplo:

Obtendo o diagnóstico

O diagnóstico é realizado com base em exames sanguíneos, para constatar a ação inflamativa, todavia, não é o suficiente caso seja detectado uma HAI (hepatite autoimune). Os especialistas irão solicitar alguns exames para identificar o estágio da doença.

“Através de exames de sangue. Mas, para saber a fase e a gravidade da doença pode ser feita a ecografia ou a biopsia hepática que consiste em retirar um pequeno fragmento do fígado com uma agulha para ser analisado no microscópio.”

-Neuda Batista Mendes França.

Tratamento da hepatite autoimune

O tratamento para a hepatite autoimune se dá com o auxílio de medicamentos imunossupressores e corticoides que irão suprimir o sistema imunológico. É de suma importância manter a risca o tratamento, pois caso for suspenso, a doença retornará. Alguns casos podem demandar um transplante do fígado, entretanto, são raros. Segundo pesquisas realizadas, quando o tratamento é realizado de forma comprometida e responsável, a inflamação é controlada em 80 a 90% dos casos.

Os pesquisadores e especialistas ainda não conseguiram detectar a causa que desencadeia a inflamação hepática autoimune, portanto, pouco se tem discutido sobre maneiras de prevenção. O direcionamento segue para o cuidado com as possíveis doenças que facilitam o processo inflamativo.

Você conhecia a hepatite autoimune? Deixe o seu comentário! Participe.

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