Dormir sem calcinha é saudável ou não? Muitas mulheres têm essa dúvida. Algumas pessoas dizem que sim, outras que não. Estamos aqui para esclarecer o que é e o que não é verdade. Vamos desvendar os mitos agora mesmo para que você possa acabar com essa dúvida de uma vez por todas!
Faz ou não faz bem?
A resposta veio de uma pesquisa realizada pela empresa Conecta, a pedido do laboratório Sanofi-Aventis, e sim, dormir sem calcinha faz bem para a saúde íntima.
Como a região já passa o dia inteiro abafada pela calcinha e pelas roupas, que são apertadas, à noite é o momento de dar uma folga. Veja abaixo de que forma esse hábito pode ajudar a melhorar a sua saúde.
Os benefícios de dormir sem calcinha
Reduz a proliferação de fungos
Uma vagina mais ventilada não é uma boa morada para os fungos, que, para se proliferarem, precisam de um ambiente escuro e úmido. Uma infecção fúngica muito comum entre as mulheres é a candidíase, causada pela Cândida. Possui como principais sintomas: dor ao urinar ou no ato sexual, eritema e inflamação vaginal.
Controla o corrimento vaginal
Toda mulher possui algum conteúdo que sai da vagina, mas quando ele apresenta coloração amarelada e cheiro ruim, o corrimento é consequência de algum problema.
Ele pode aparecer devido a uma infecção fúngica como a candidíase e também por conta do desequilíbrio do pH vaginal. Essas duas causas podem ser evitadas quando se cria o hábito de dormir sem calcinha.
Ajuda a manter o equilíbrio da flora
O pH normal da vagina é ácido e fica em torno de 3,8 a 4,2. Para se ter uma ideia, o pH da água que bebemos é igual a 7, ou seja, neutro. Esses valores são como o termômetro vaginal, e esse pH é que permite a sobrevivência de micro-organismos importantes na região, como os Bacilos de Doderlein. Quando essa flora microbiana fica desequilibrada, o sistema imune cai.
Manter a região abafada, que já é escura e úmida, aumenta consideravelmente a proliferação dos fungos. Por consequência, ocorre um desequilíbrio do seu pH, que tende a cair. A partir disso, a mulher fica muito mais vulnerável a contrair doenças, uma vez que a acidez da vagina já não terá como proteger a área.
Aumenta a circulação
Dormir sem calcinha aumenta o fluxo de sangue na região vaginal e isso faz muito bem para a saúde. Uma maior circulação leva mais oxigênio e nutrientes para os tecidos da área, o que ajuda a fortalecer também o sistema imunológico. A vagina fica mais resistente ao aparecimento de doenças e cada vez mais saudável.
Tudo é uma questão de hábito
Infelizmente, nós brasileiras não temos o hábito de dormir sem calcinha. Estudos realizados por uma empresa de sabonete íntimo, com mulheres de idades entre 20 e 45 anos, trouxeram os seguintes resultados:
- 19% das mulheres acham que dormir sem calcinha faz mal para a saúde;
- 86% dormem com calcinha, mas poderiam deixá-la de lado caso soubessem que esse hábito faz bem para a saúde;
- Das mulheres que já possuem esse hábito saudável, apenas 10% receberam recomendação médica.
De acordo com os resultados da pesquisa, é possível notar que essa prática ainda causa muitas dúvidas e não há o esclarecimento ou recomendações por conta do profissional de saúde, nesse caso, o ginecologista. Além disso, há ainda um pouco de tabu em torno do assunto, especialmente entre as mulheres mais conservadoras.
Como se adaptar?
Bem, para aquelas que não tem esse costume e nunca dormiram sem a peça íntima, os hábitos precisam mudar, mas sabemos que isso leva algum tempo.
Comece usando apenas calcinhas de algodão na hora de dormir, pois elas são mais porosas e oferecem um pouco de ventilação para a região vaginal. Durma com peças mais folgadas — às vezes, é melhor dormir com uma calcinha mais folgada de um tecido menos poroso em vez de usar uma muito apertada de algodão.
Vá aos poucos. Durma sem calcinha, pelo menos, uma vez a cada 15 dias e vá aumentando essa frequência com o passar do tempo até se sentir mais à vontade.
Cuidados com a região vaginal
Faça higienização quatro vezes por dia
A recomendação é que a higienização da vagina seja realizada de três a quatro vezes por dia, sendo que uma dessas ocasiões aconteça pouco antes de dormir. Assim, um bom banho antes de ir para cama, além de ajudar a relaxar, também deixa a região íntima mais saudável.
Entenda que papel higiênico não é o bastante
Muitas mulheres têm o hábito de limpar a região apenas com papel higiênico depois de urinar, mas isso não é suficiente. De acordo com profissionais da área, o ideal é lavar a área com um produto que tenha um pH mais parecido com a vagina, ou seja, ácido, e que não faça muita espuma. Na hora da higienização, água e sabão são essenciais.
Use sempre roupas secas
No momento da pressa, acabamos vestindo uma peça íntima que ainda não secou totalmente. Se você parar para pensar que a vagina passará o dia inteiro em um ambiente escuro e úmido, será fácil compreender que esse é o cenário perfeito para a proliferação de fungos.
É por isso que durante o inverno há uma chance muito maior das mulheres apresentarem candidíase. Portanto, tente ser o mais organizada possível com as suas peças íntimas, tendo uma calcinha seca sempre por perto.
Utilize um sabonete específico
Da mesma forma que o sabonete para a região do rosto precisa ser diferente, já que é uma área mais sensível, o mesmo pensamento deve ocorrer na hora de escolher o sabonete para a vagina. A região íntima precisa de cuidados específicos e um sabonete íntimo pode dar conta disso.
Não use protetor diário
Usar um protetor diário pode trazer sérios problemas para a região íntima. Ele ajuda a nos sentirmos mais secas e confortáveis durante o dia, mas abafa a vagina, e isso com o passar do tempo pode resultar na proliferação de fungos. Portanto, retire o protetor diário da sua rotina e só use-o nos dias finais da menstruação.
Não remova todos os pelos
As brasileiras têm o hábito de depilar a região íntima deixando-a como veio ao mundo, ou seja, sem nenhum pelo. Só que essa prática não é muito saudável, já que os pelos também agem como uma forma de proteção. Para quem é adepta desse tipo de depilação, é mais um motivo para passar a dormir sem calcinha.
E então, gostou do nosso post de hoje? Tem alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo e, se você já tem esse hábito, conte pra gente quais os benefícios que essa prática te trouxe e quais mudanças foram sentidas.