“As descobertas e invenções médicas transformaram a vida de várias civilizações, tornando-a possível com menos sofrimento e por muito mais tempo. Mas nada seria possível ou suportável se não fosse descoberta uma forma de vencer a dor, desafio que sempre se impôs como um objetivo para os estudiosos da ciência médica desde Hipócrates.”
– Scielo, Jornal Brás Patol – laboratório de Medicina.
Você já se imaginou em pleno século XXI realizando uma cirurgia, ou qualquer outro procedimento médico sem uma anestesia? É algo impensável não é mesmo?!
A maior invenção da medicina concedeu para a humanidade, a possibilidade de realizar inúmeras inferências no corpo, sem ser acometida pela dor e, com isso, técnicas que seriam incabíveis de serem realizadas, passaram a ser efetuadas e deram ótimos resultados.
O que é a anestesia?
A palavra é originária da Grécia antiga, e significa: ausência de sensação. E o significado por si só, já é elucidativo, pois “ausência de sensação” nos permite entender que o intuito dela, nada mais é que, induzir uma pessoa em um estado de perda de responsividade, de analgesia, de perda de reflexos musculares esqueléticos e minimizar o estresse e ansiedade.
Destacamos o estado de analgesia, como um dos mais importantes, pois significa: a perda ou ausência de sensibilidade à dor. Quando a pessoa é induzida nesse estado “anestésico”, ou seja, se encontra anestesiada, o cirurgião ou qualquer outro especialista que for realizar qualquer procedimento estará assegurado que o processo ocorrerá sem sofrimento, bem como, quem está passando pela cirurgia não sentirá dores, portanto, não gerará desconforto.
“A anestesia é um procedimento médico que visa bloquear temporariamente a capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso. Graças à anestesia, os médicos são capazes de realizar cirurgias e outros procedimentos invasivos sem que o paciente sinta dor.”
-Dr. Pedro Pinheiro.
Vale acrescentar, que a pessoa pode ficar parcialmente, ou totalmente anestesiada, isso dependerá muito do procedimento que será realizado. Portanto, para cada ocasião existe um tipo de técnica para anestesiar e um anestesiante.
Os tipos de anestesias
Existem três tipos, elas são definidas de acordo com o grau, bem como, a parcela do corpo que será “bloqueada”. Os três tipos são:
- Geral;
- Regional;
- Local.
Anestesia geral
Esse tipo é indicado para as cirurgias em que a complexidade é extrema, bem como, quando serão realizadas remoções de tecidos, órgãos e/ou quando o procedimento ocorrerá em partes vitais. A pessoa que recebe uma anestesia geral fica inconsciente, incapacitada de mexer o corpo e completamente bloqueada para a resposta da dor.
“Existe o mito que a anestesia geral seja um procedimento anestésico perigoso. Não é verdade. Atualmente, a anestesia geral é um procedimento bastante seguro. Na maioria dos casos, quando o paciente submetido a uma cirurgia extensa apresenta complicações, o motivo não é ser geral. As complicações são geralmente derivadas de doenças graves que o paciente já possuía, como problemas cardíacos, renais, hepáticos ou pulmonares em estágio avançado, ou ainda, por complicações da própria cirurgia, como hemorragias ou lesão/falência de órgãos vitais.”
-Dr. Pedro Pinheiro.
Anestesia regional
Ela é destinada para os procedimentos menos complexos, em que a pessoa pode ficar acordada durante a cirurgia. O seu objetivo é bloquear apenas uma fração do corpo. Os especialistas contam com dois subtipos de regional, são elas a raquidiana e a peridural.
Raquidiana
Conhecida também apenas como “raqui”, ela é famosa entre as mulheres, pois os partos cesarianos são realizados graças ao anestésico que bloqueia a região abdominal e, com isso, é possível realizar a remoção do bebê, sem a mãe sentir dor.
O anestésico é injetado nas costas da pessoa, através de uma agulha que atinge uma área da coluna espinhal, chamada subaracnoide (dentro do canal espinhal). A raquianestesia também é recomendada para as cirurgias das pernas, joelhos e pés (intervenções ortopédicas).
Peridural
Esse subtipo também é injetada nas costas, todavia, os especialistas não utilizam uma agulha para inserção do anestésico, é usado um cateter que tem por objetivo atingir a região ao redor do canal espinhal (espaço peridural). Na peridural, o anestesista precisa administrar as doses do anestésico constantemente.
Anestesia local
Tem por objetivo o bloqueio de pequenas partes do corpo. É utilizada por muitos especialistas de diversas áreas, de dentistas a dermatologistas. O anestésico nesses casos pode ser aplicado (injeção de lidocaína), pulverizado (spray) ou espalhado (gel) na região-alvo. Os dentistas utilizam muito esse tipo para realizar suas intervenções odontológicas.
Fique sabendo: O primeiro especialista que utilizou uma anestesia (éter) foi um dentista chamado William Thomas Green Morton. No ano de 1846, ele foi convidado por um hospital para demonstrar a sua técnica de “bloquear a dor”. E ocorreu nada mais, nada menos do que uma operação de um jovem que estava com um tumor no pescoço em uma demonstração pública. William Thomas preparou o voluntário, e o Dr. Warren o operou. A técnica utilizada pelo dentista era por inalação do anestésico.
É muito interessante, não é?! Gostou? Deixe o seu comentário relatando se você já usou algum tipo de anestesia e como foi a sua experiência. Participe!