A tuberculose é uma moléstia infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou apenas como BK (Bacilo de Koch). Ela acomete principalmente os pulmões, todavia, pode atingir também:
A tuberculose possui uma enorme correlação com a classe social, a sua proliferação está intrínseca a organização dos processos de produção, bem como, reproduções sociais.
“A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pela determinação social e demonstra relação direta com a pobreza e a exclusão social.”
-Secretaria de Vigilância em Saúde, boletim epidemiológico nº2 – 2013.
Mitigar a propagação da moléstia perpassa por ações que possam olhar de maneira especial para essa faixa da população, que está à margem, e, em maior vulnerabilidade de infecção pela doença. Vale acrescentar que o nosso país, a TB (tuberculose) é um grande desafio para a área da saúde, pois são diagnosticados 70 mil casos por ano, tendo uma taxa de mortalidade de 4,5 mil pessoas.
Sintomas da tuberculose
- Tosse com ou sem secreção;
- Febre ao entardecer;
- Suores noturnos;
- Falta de apetite;
- Emagrecimento;
- Cansaço;
- Dores musculares;
- Dificuldade de respiração;
- Eliminação de sangue;
- Acúmulo de secreção na pleura pulmonar.
Populações especiais
Algumas pessoas estão mais vulneráveis à infecção, são elas:
- Indígenas;
- Pessoas em situação de rua;
- Pessoas que vivem com HIV/AIDS;
- Pessoas privadas de liberdade.
Todavia, o fato desses grupos estarem mais suscetíveis, não impede que outras pessoas não sejam acometidas pela TB, ao notar qualquer um dos sintomas característicos da doença, procure imediatamente a ajuda de profissionais da área da saúde.
“As pessoas com HIV/AIDS estão mais propensas a desenvolver TB, por outro lado o diagnóstico da infecção pelo HIV muitas vezes ocorre durante o curso da TB. No entanto, a tuberculose ativa é uma das condições de maior impacto na mortalidade em indivíduos com AIDS, justificando-se assim especial atenção aos coinfectados TB-HIV.”
-Secretaria de Vigilância em Saúde, boletim epidemiológico nº2 – 2013.
Diagnóstico
Atualmente o Brasil conta com algumas técnicas (exames) que buscam a confirmação ou não, da doença. São preconizados três exames laboratoriais que proporcionam o diagnóstico da TB:
Baciloscopia de escarro
Essa técnica é importante tanto para o diagnóstico como para analisar a evolução do tratamento. É um exame bem simples, dinâmico e de custo baixo. Através do catarro provindo dos pulmões é realizada a análise da presença dos bacilos no material.
Cultura para micobactéria
Este exame é fundamental para a população que é considerada de risco. Essa analise possibilita identificar bacilos que sejam resistentes aos remédios (drogas).
“Nos últimos anos houve aumento na realização de cultura entre os casos de retratamento no Brasil. Em 2001, 12,5% desses casos realizaram exame de cultura, e em 2011 o percentual subiu para 36,5%. Resultados preliminares mostram que 26,9% dos casos de retratamento realizaram exame de cultura em 2012.”
-Secretaria de Vigilância em Saúde, boletim epidemiológico nº2 – 2013.
Teste rápido para TB
São utilizadas técnicas de biologia molecular para identificar o DNA da bactéria responsável pela tuberculose. O resultado sai em apenas duas horas após colher o material de análise. Esse teste permite também sinalizar quando há uma resistência à rifampicina, principal medicamento no tratamento da doença.
Tratamento
A TB é uma doença curável, todavia, a pessoa que está passando pelo tratamento precisa cooperar com os processos da terapia medicamentosa, pois caso o tratamento seja interrompido pode ocorrer o agravamento do quadro infeccioso, assim como, as bactérias podem se tornar resistentes aos medicamentos. O tratamento dura em média seis meses e são utilizados os remédios abaixo:
- Isoniazida;
- Rifampicina;
- Pirazinamida;
- Etambutol.
Fase de ataque
O tratamento da moléstia é divido em duas fases, sendo o período de ataque composto por dois meses, em que a pessoa toma os quatro remédios. É muito recorrente a melhora significativa logo nas primeiras semanas e, com isso, a pessoa interrompe o processo, o que é um grande erro. A equipe clínica precisa orientar os indivíduos que estão sob a terapêutica medicamentosa seguir até o final.
Fase de manutenção
Nos quatros meses restantes do tratamento são administrados os remédios: rifampicina e a isoniazida. Para garantir que a carga bacteriana não volte a atacar o organismo.
TDO (tratamento diretamente observado)
Garantir que o tratamento não seja interrompido é uma tarefa de suma importância, pois irá garantir a cura definitiva, em meio a esse grande desafio foi suplantando o TDO (tratamento diretamente observado), a fim de, garantir que a terapêutica não seja parada, bem como, proporcionar o acolhimento dos necessitados.
Prevenção
A prevenção da tuberculose perpassa pela vacinação das crianças por intermédio da vacina BCG, pois ela ajuda a imunizá-las dos tipos mais graves da doença, bem como, no acompanhamento das pessoas que convivem com o sujeito que recebeu o diagnóstico afirmativo para que não ocorra proliferação da bactéria.
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