A sinusite é uma doença que causa congestão nasal e pressão na cabeça. É muito recorrente a queixa nos períodos onde ocorre a baixa umidade do ar, bem como a oscilação da temperatura.
O que é sinusite?
Vale ressaltar, que o termo correto é rinossinusite, pois quando dizemos apenas sinusite estamos nos referindo apenas as mucosas dos seios, entretanto, a inflamação também pode ocorrer na mucosa nasal.
“A doença pode ser consequência de uma infecção, quadro alérgico ou qualquer fator que atrapalhe a correta drenagem de secreção dos seios da face. O nome mais utilizado para esse problema é rinossinusite, pois o processo inflamatório atinge tanto a mucosa dos seios da face como a mucosa nasal.”
-Dr. Juliano Pimentel.
Fique sabendo: As cavidades são responsáveis pela filtração de ar, levando-o para o pulmão. Essas cavidades são ocas, pois além de realizarem a filtragem, elas deixam a cabeça mais leve, elas umidificam o ar e o aquece para os pulmões.
Sinusite bacteriana, viral ou fúngica
A sinusite bacteriana é caracterizada pelo catarro mais purulento e pelas dores na face, essa inflamação ocorre quando a pessoa é acometida por um quadro viral prévio (infecção), e com isso, o nosso nariz fica congestionado, pois ocorreu um inchaço das mucosas nasais.
Os nossos seios paranasais possuem um orifício responsável pela ventilação da região, e quando a mucosa incha, esse orifício é tampado e começa a proliferar bactérias, o local começa a encher de líquido que com o tempo se torna purulento, resultando na inflamação (bacteriana).
É denominado viral quando há a presença de um vírus no local, ao invés de uma bactéria, e o sintoma mais típico é: coriza (nariz em torneirinha). A fúngica é denominada quando há a presença de fungos nas mucosas. A sinusite bacteriana é a mais grave.
Sintomas
- Secreção nasal purulenta;
- Coriza;
- Obstrução nasal;
- Dores de cabeça ou pressão na face;
- Dores atrás dos olhos, no nariz, nos ouvidos, rosto, nos seios paranasais ou na testa;
- Coceira no nariz;
- Perda de olfato ou sentido olfativo distorcido;
- Espirros;
- Gotejamento pós-nasal;
- Irritação na garganta ou dor;
- Dificuldade em dormir ou ronco;
- Inchaço no rosto ou sensibilidade;
- Inflamação do ouvido;
- Fadiga, febre ou mal-estar.
Aguda, sub-aguda e crônica
A duração da doença pode se enquadrar nas terminologias: aguda, sub-aguda e crônica. A aguda ocorre quando as pessoas contraem uma infecção, seguida do catarro espesso, dores e pressão na face e a febre.
Todavia, quando a inflamação não é curada corretamente, os sintomas podem perdurar até 3 meses ocasionando a fase sub-aguda.
Na fase crônica é comum a presença dos sinais: secreção nasal, gotejamento pós-nasal, entretanto, os sintomas não são tão fortes como o da fase aguda. E ao contrário da fase aguda que é pontual, a crônica pode acometer o sujeito a qualquer época do ano.
Complicações no quadro inflamativo
Os nossos seios paranasais estão muito próximos de estruturas nobres, como o cérebro e os olhos e, quando ocorre o agravamento da inflamação deles, pode desencadear um efeito dominó e ocasionar algumas doenças graves.
A rinossinusite pode desencadear uma meningite (inflamação das meninges), o estiramento no nervo óptico (ocasionando a perda da visão), ou até mesmo, pode ocorrer a inflamação do seio cavernoso.
Tratamento
O tratamento da fase aguda é realizado com uso de antibióticos, corticoide nasal, ou via oral para diminuir o inchaço das mucosas, bem como, descongestionante nasal, anti-inflamatórios (não esteroides) e analgésicos.
Quando a pessoa tem uma alteração na estrutura do nariz (exemplo desvio do septo nasal) é recomendável realizar a cirurgia para correção, com o objetivo de não comprometer o escoamento do líquido dos seios nasais.
“Nos casos em que a sinusite resiste ao tratamento, a cirurgia endoscópica pode ser uma opção. Para esse procedimento, o médico utiliza um endoscópio (tubo fino e flexível com uma luz na ponta) para explorar suas passagens nasais. Então, dependendo da fonte de obstrução, o médico remove o tecido ou raspa o pólipo que está causando a obstrução nasal. Ampliar a abertura do seio estreito também pode ser uma opção.”
-Dr. Juliano Pimentel.
Os especialistas também podem realizar a drenagem mecânica da secreção nasal, com o intuito de aliviar a obstrução.
Receita de uma medida caseira
Inalar o vapor (nebulização) é uma ótima saída para tratar do quadro inflamativo, pois umedece e amolece a secreção, bem como, estimula os cílios nasais, veja a seguir como realizar o passo a passo da inalação de vapor.
Ingredientes
- 1 litro de água;
- 1 colher de sopa de alecrim;
- 1 cebola;
- 1 pitada de sal;
- 1 bacia de metal;
- 1 toalha.
Modo de preparo
Fatie a cebola e coloque para ferver no 1 litro de água com o alecrim, a cebola e o sal. Ferva o líquido por 5 minutos. Em seguida desligue o fogo e despeja a fusão em uma bacia de metal ou de vidro.
Inalação do vapor
Coloque a bacia sobre a mesa, pegue a toalha e cubra a sua cabeça, aproxime o seu rosto da bacia em uma altura que não queime a sua face ou cause desconforto. Inale o vapor. A toalha ajuda a não dispersar com mais rapidez o vapor que sobe da bacia.
Prevenção
Assim como temos o hábito de escovar os dentes no mínimo quatro vezes ao dia, precisamos adquirir o comportamento de higienizar o nariz todos os dias também, pois nós respiramos toda a poluição e sujeira que há em nossas cidades diariamente.
Portanto, obtenha o costume preventivo de limpar o seu nariz com o soro fisiológico pelo menos duas vezes ao dia. Espire o líquido, pois ele irá liberar o muco parado, assim como as impurezas que estejam alocadas dentro do nariz.
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