Textura capilar: por que o cabelo nasce cacheado ou liso?

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Textura capilar
Qual é o determinante que decidi se o cabelo será cacheado ou liso?

Você já se fez a pergunta: porque algumas pessoas têm o cabelo crespo e outras têm liso? Nós mulheres estamos a todo o momento pensando em maneiras de poder repaginar o visual, não é mesmo?! O cabelo é sempre uma ótima opção para causar aquele grande impacto. Têm meses que queremos liso e outros cacheado. Ainda bem que existem inúmeros procedimentos e produtos para dar aquela forcinha.

Entretanto, existem pessoas que questionam a natureza dos fios. Essas pessoas estão descontentes e/ou não gostam da textura capilar e mesmo realizando algum procedimento para alterar o fio, ainda fica com o sentimento de: por que eu não nasci com o cabelo tal? E para elucidar essa dúvida o Saudável e Feliz irá divagar sobre o assunto.

É importante ressaltar que os cientistas dedicados aos mistérios do cabelo ainda especulam o real motivo pelo qual o cabelo nasce crespo ou liso.

Há quem diga que é a genética a responsável pela grande variedade dos tipos de cabelos, todavia, há quem discorda e afirma que o responsável pela textura são as células capilares e a velocidade em que elas se dividem no interior do folículo. Entenda cada uma das teorias e tire a sua própria conclusão.

Teoria da genética capilar

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A teoria da genética capilar explica a textura capilar através dos genes dos pais biológicos.

Essa teoria é pautada em um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália. Os estudiosos encontraram o gene que define a textura dos fios, esse gene é chamado de trichohyalina e a sua variação está intrínseca ao fator que determina se os cabelos serão crespos ou lisos.

O estudo alerta que a genética da mãe é que irá decidir como será o cabelo da criança, isso porque, os genes dela são dominantes. A chance de a mãezinha passar a sua genética para o filho é de 90%.

O resultado foi obtido com base nos dados coletados de uma amostragem de 5 mil gêmeos, todos descendentes de europeus em uma análise que levou cerca de 30 anos. Eles notaram que 45% da população tinha o cabelo liso, 40% ondulado e apenas 15% encaracolados.

O escore de 15% para cabelos encaracolados nos explica a homogenização da amostra. Com certeza se o estudo estivesse sido realizado no Brasil o resultado seria bem mais diversificado, pois além de termos herança genética europeia, nós temos as heranças genéticas africanas e indígenas proporcionando uma incontável variedade de texturas capilares. Para acessar a matéria que fala sobre a pesquisa na universidade de Queensland, basta clicar aqui, todavia, vale ressaltar que ela está em inglês.

Teoria da velocidade e divisão celular

Essa teoria parte da premissa que o nosso folículo capilar é constituído por uma papila onde ele se desenvolve. Os estudiosos informam que a todo o momento as células que estão presentes nas papilas vão se subdividindo.

A velocidade e a ordem em que ocorre esse processo no folículo é o determinador da natureza do cabelo. Quando as células se subdividem todas juntas e em ritmo constante, o fio terá a textura lisa. Entretanto, quando esse processo de divisão ocorre de maneira rápida e desordenada, a textura capilar será crespa.

Essa teoria coloca em xeque a teoria da genética capilar, pois concede subsídios para uma possível explicação para a mudança da natureza dos fios ao longo de nossas vidas. É muito comum você conhecer uma pessoa que tenha um cabelo liso em uma determinada fase da vida, todavia com o tempo o cabelo vai se tornando ondulado. Você já conheceu alguém?

O que coloca em xeque a teoria da genética capilar, pois se os nossos fios alteram suas texturas aos longos dos anos, a genética também deveria alterar, correto? Entretanto, isso não ocorre.

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A teoria da creatina pressupõe que a textura capilar é definida de acordo com a quantidade de creatina no cabelo.

Teoria da queratina

O cabelo humano é composto por uma proteína chamada de queratina que é produzida nos folículos pilosos. O fio de cabelo é produzido através da queratina e outras inúmeras proteínas.

A queratina possui átomos de enxofre, e quando ocorre um encontro de dois átomos a proteína dobra com o objetivo de formar uma ligação de dissulfeto.

O fato é que quanto maior for à quantidade de ligações de átomos de enxofre, maior serão as formações de dissulfeto. E o resultado?  Muitas ligações um cabelo crespo, poucas ligações um cabelo liso.

“…um estudo realizado por cientistas da L’Oreal descobriu diferenças estruturais na distribuição da queratina no duto capilar. É atribuído a ela parte da influência sobre o formato do folículo capilar no bulbo antes da saída do fio. Em cabelos enrolados, segundo o estudo, mais queratina se acumulava no lado côncavo da curva, enquanto no cabelo liso, as células de queratina estavam distribuídas igualmente. Quando o cabelo está sendo formado, ele parece ter uma “memória” do bulbo reto (para cabelos lisos) ou em formato de gancho (para os anelados).”

Karlla Patrícia, Bióloga.

Vale ressaltar que você tem todo o direito de manifestar descontentamento com a sua textura capilar, todavia, se você for realizar qualquer alteração no cabelo opte sempre por produtos de qualidade. Combinado?! Você gostou da matéria? Qual é a teoria que mais você se identifica? Deixe o seu comentário.

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