Existem muitos métodos contraceptivos, ou seja, meios que as mulheres e homens procuram para evitar a gestação e até mesmo a prevenção contra DSTs, sendo os principais deles: pílula oral, injeção anticoncepcional, preservativo lubrificado de látex masculino (camisinha), diafragma, espermicida, preservativo feminino, esponja contraceptiva, adesivo anticoncepcional, anel vaginal, vasectomia, ligadura tubária (laqueadura), tabelinha, implante contraceptivo e a pauta de hoje, o DIU.
O que é exatamente o DIU?
Também chamado de Dispositivo Intrauterino, o DIU é um método contraceptivo inserido na área uterina por um profissional da saúde. Seu modo de ação é baseado na passagem do espermatozóide no momento da migração, transporte do óvulo e fertilização.
Ele barra o processo de nidação (fixação do embrião no endométrio) e também pode causar o estímulo de uma reação inflamatória no útero, que também serve para contracepção. O dispositivo pode ter vários formatos, e alguns fazem uma liberação de hormônios, elevando a eficácia de prevenção de uma possível gravidez.
“De preferência, tanto o DIU quanto o SIU devem ser colocados no período menstrual. As razões são bastante simples. Primeira, porque garante que a mulher não está grávida; segunda, porque enquanto está sangrando o colo do útero fica mais amolecido. A única observação é que especificamente o DIU faz com que as mulheres sangrem mais durante a menstruação, por isso não é indicado às pacientes com anemia severa.”
— Dr. Drauzio Varella
Informações básicas sobre o DIU
- funcionalidade: eficácia superior a 99%;
- disponibilidade: em algumas clínicas;
- duração: dura de 3 a 6 anos e requer um rápido procedimento para inserção e remoção;
- proteção à DSTs: não oferece proteção;
- hormônios: possui progestina.
É importante lembrar que o DIU deve sempre ter acompanhamento médico, sendo aplicado em mulheres que nunca tiveram filhos. Pelas estatísticas, é um método muito seguro, mas pode ter efeitos colaterais, como: agravamento das dores menstruais (cólicas), aumento do fluxo e aparecimento de infecções intrauterinas.
Tipos de DIU e suas diferenças
DIU de Mirena (hormonal)
Esse dispositivo possui progesterona em sua estrutura e produz reações inflamatórias. Ele é liberado pouco a pouco, podendo ter uma pequena quantidade absorvida pelo sangue, mas ainda sim, o hormônio se restringe ao útero. Ele atura da mesma forma que o DIU de cobre, gerando mudanças uterinas que impedem a gestação.
De acordo com sua bula, duas em cada três mulheres que usam esse método apresentam um bloqueio menstrual, tendo assim uma chance de engravidar de apenas 0,2%.
DIU de cobre (sem hormônios)
Como o próprio nome diz, o DIU de cobre é revestido por este metal. Ele emite quantidades pequenas de cobre na área uterina, gerando algumas mudanças endometriais (no tecido que recobre a parte interna desse órgão), no muco e nas trompas. Acontece uma reação de inflamação que não faz mal ao organismo, mas torna a área desfavorável ao espermatozoide.
O uso do DIU de cobre tem chances muito pequenas de gravidez (0,7%).
Quem não pode usar DIU?
- Portadores de doenças sexualmente transmissíveis;
- mulheres que tiveram algum tipo de infecção na área da pélvis recentemente;
- gestantes ou lactantes;
- portadoras de câncer de colo do útero;
- pessoas com sangramento vaginal inexplicado;
- mulheres alérgicas ao cobre;
- quem sofre da doença de Wilson (que faz com que se tenha muito cobre no organismo);
- pacientes de câncer de mama ou com alto risco de adquirir a patologia;
- portadoras de doenças hepáticas.
Obs.: Em casos raros, o tamanho ou a forma do útero podem dificultar a colocação de um DIU.
Discussão
Algumas instituições religiosas apontam o DIU como abortivo, já que consideram que uma nova vida foi gerada a partir do momento após a fecundação, ou seja, em que o óvulo e o espermatozóide se encontram. O Dispositivo Intrauterino age “irritando” a parede uterina, liberando um muco o qual impede a fixação do óvulo já fecundado nesta parede.
Em contrapartida, OMS (Organização Mundial da Saúde) e o código legislativo do Brasil discordam disso, considerando a gravidez a partir do momento em que o embrião gruda na parede do útero. Por este motivo, o DIU é permitido no Brasil, não sendo considerado aborto por especialistas.
Tabela de comparação de eficácia entre métodos contraceptivos
Método | Eficácia |
pílula contraceptiva oral (anticoncepcional) | 97% |
adesivo anticoncepcional | 91% |
anel vaginal | 91% |
DIU | 99% |
diafragma | 88% |
espermicida | 71% |
esponja contraceptiva | 76 a 88% |
preservativo feminino | 79% |
preservativo masculino | 85% |
injeção anticoncepcional | 97% |
implante contraceptivo | 99% |
laqueadura | 95% |
vasectomia | 99% |
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