A secreção vaginal é algo natural do organismo feminino, tal termo é utilizado para a secreção de fluídos pela vagina. Já o corrimento vaginal pode indicar algum problema de saúde.
Afim de ajudar a identificar melhor os tipos de corrimento vaginal, explicar a origem de cada um, cuidados importantes e formas de tratamento, fizemos uma série de pesquisas e preparamos esse texto para você.
Secreção vaginal
A secreção vaginal também é conhecida como corrimento vaginal fisiológico, categoria do corrimento que não indica malefícios para a saúde. Porém, ao longo do texto, vamos categorizar o corrimento vaginal fisiológico como secreção, para evitar qualquer confusão em relação a algo tão sério na saúde feminina.
A secreção é algo natural do corpo da mulher, toda mulher em idade reprodutiva pode manifestar essa condição. A diferença entre a secreção e o corrimento não fisiológico está em seu volume, cor e odor, além dos sintomas que causam. Normalmente, a secreção costuma ser branca ou transparente, espessa e com o odor fraco.
Esse conteúdo saudável atua na lubrificação e limpeza da vagina, umedecendo a área e dificultando a manifestação de infecções. Essa substância não coça, arde ou causa dores.
Em alguns momentos específicos, ele geralmente está mais presente do que o normal, como na relação sexual, por exemplo. Outro momento desse tipo é na segunda metade do ciclo menstrual, no período pré-ovulatório.
Como dissemos, toda mulher em idade reprodutiva pode manifestar essa condição. Logo, ela está ligada a estimulação hormonal, principalmente aos níveis de estrogênio. Por isso que as mulheres na menopausa sentem ressecamento vaginal e estão mais suscetíveis a dores durante o sexo, provocando assim a falta de libido.
Corrimento vaginal não fisiológico
O corrimento vaginal não fisiológico é o tipo de corrimento ligado a doenças ginecológicas como infecções.
Alguns sintomas são coceira vulvovaginal, ardência, dor pélvica, dor e ardência ao urinar e dor durante a relação sexual.
Esse tipo de corrimento tem tratamento e necessita de avaliação. Caso não seja cuidada, ela pode desencadear uma infecção no colo do útero e até mesmo comprometer os ovários e tubas uterinas. Em casos graves, podem ocorrer infecções generalizadas, além de comprometer a fertilidade da mulher.
O que pode causar corrimentos vaginais maliciosos?
Geralmente são provocadas pelo desequilíbrio da flora vaginal. Algumas condições do organismo deixam ele mais vulnerável a esse tipo de corrimento, como:
- Hábitos de higiene ruins;
- Relação sexual sem preservativo;
- Uso de produtos que causam alergia (alérgicos) como perfumes, sabão, roupas sintéticas e outros tecidos;
- Alteração de PH vaginal, muitas vezes ligadas a condições como diabetes, sistema imunológico frágil, ciclo menstrual com uso inadequado do OB e areia da praia quando depositada dentro do biquíni;
- Atrofia vaginal, resultado do afinamento e ressecamento das paredes vaginais na menopausa;
- Corpo estranho retido dentro da vagina, como por exemplo um absorvente interno ou até uma camisinha ‘‘perdida’’ após a relação.
Além dos cuidados citados acima, outro fator no qual a mulher deve tomar muito cuidado são as vaginites ou vaginoses, ou seja, as infecções causadas por bactérias ou vírus. As principais são:
- Candidíase: pode aparecer devido ao contato sexual, objetos ou roupas contaminadas e imunidade baixa, geralmente com coloração esbranquiçada;
- Tricomoníase: é uma DST (doença sexualmente transmissível) que geralmente provoca corrimento verde ou cinza, e causa coceira;
- Gardnerella vaginalis: é uma bactéria já encontrada no organismo, para proteção vaginal, porém, em desequilíbrio acaba substituindo outras bactérias protetoras, desencadeando vaginose bacteriana. Possui cheiro forte e sensação de incômodo;
- Outras doenças como herpes genital, gonorreia, HPV e infecções do colo uterino também podem ter relação com o corrimento vaginal malicioso.
Formas de prevenção
Alguns cuidados extras devem ser tomados, afim de evitar situações que podem desencadear o corrimento vaginal não fisiológico. São elas:
- Não utilize os vasos sanitários fora de casa sem proteção;
- Uso prolongado de antibióticos ou anticoncepcionais sem acompanhamento médico periódico;
- Evite o uso frequente de roupas apertadas. Dê preferência a roupas mais arejadas. Inclusive, dormir sem calcinha é recomendado;
- Troque os absorventes com frequência no período menstrual, entre 4 a 6 horas no máximo;
- Após a micção, é fundamental limpar a vulva seguindo um movimento de frente para trás, isso evita propagação de bactérias e outros agentes infecciosos do ânus para a vagina ou trato urinário.
Tipos de corrimento vaginais que merecem atenção
Conheça alguns tipos de corrimento e o que cada um deles pode significar:
- Marrom ou cor de sangue escuro: pode indicar menstruação irregular ou até mesmo câncer ou algum trauma, além disso pode acompanhar dores no abdômen;
- Amarelo parecendo pus: pode indicar gonorréia e vir acompanhado de sangramento e dor ao urinar;
- Amarelo esverdeado: o corrimento nessa cor pode indicar tricomoníase, principalmente se houver desconforto em baixo do ventre ou durante e após a relação sexual;
- Amarelo acinzentado com forte odor: se o corrimento acontece depois das relações sexuais ou menstruações, indica possivelmente vaginose bacteriana, esse tipo de corrimento causa coceira, ardência, inchaço ou vermelhidão na vagina;
- Branco esverdeado: se o corrimento se assemelha a leite talhado indica que há uma infecção devido à algum fungo na vagina, isso pode ocasionar dor durante as relações sexuais, irritação ao redor da vulva e coceiras;
- Cor de rosa: sinaliza que o útero está eliminando o revestimento interno, também é chamado de lóquios.
Como tratar
Como existe uma série de corrimentos vaginais diferentes que possuem vários possíveis motivos, o mais indicado é buscar a opinião de um médico ginecologista de confiança.
Nos primeiros sinais de dor abdominal juntamente com febre e corrimento, ou se está grávida e tiver um corrimento incomum, vá ao ginecologista imediatamente. Outro sinal de alerta é de dor na relação sexual ou micção e coceira vaginal incomum.
É fundamental que, desde a primeira conversa, os detalhes sejam bem especificados para o médico, afim de ajudar no diagnóstico do mesmo. Informe a cor, textura, odor, cor, frequência, ou seja, tenha uma conversa sincera com ele e explique o que está acontecendo com o seu corpo. Assim, o melhor tratamento pode ser indicado.
Estou muito mal com dores abdominas uma sensação de inchaco no meu utero vermelhidão na área vacinal e uma secreção que parece um leite qualiado de coloração branca meio esverdeada! Não tem odor! Mas desde feito menstruação! Sinto fortes dores semelhante a cólica
Olá Nathalia! Você já procurou um ginecologista? Nem sempre o corrimento tem cheiro, até aí normal. Mas você deve procurar um médico imediatamente para realizar exames como o papa nicolau que pode indicar alguma bactéria ou infecção na região e quanto as dores peça para o médico um ultrassom transvaginal. Desejamos saúde para você em 2018. Abraços.