A pressão arterial baixa, também conhecida como hipotensão, é um quadro comum na gravidez. Na maioria das vezes, essa condição não causa grandes problemas, com a pressão sanguínea retornando aos níveis normais após o nascimento do bebê.
No entanto, por provocar desmaios, é necessário ter um certo cuidado com a pressão baixa na gravidez, afinal, uma queda brusca não é nada boa para a mamãe e nem para a criança.
Efeitos da gravidez na pressão arterial
A pressão sanguínea é a força do sangue ao empurrar as paredes das artérias enquanto é bombeado pelo coração. E essa pressão pode aumentar ou diminuir em determinados momentos do dia, se a pessoa estiver mais calma ou mais nervosa, por exemplo. As mulheres grávidas têm a pressão arterial verificada a cada consulta pré-natal.
Essa verificação revela informações importantes a respeito da saúde da mulher grávida e também do seu bebê, além de ser uma maneira que o médico tem para determinar se ela tem alguma condição que precisa ser observada, como a pré-eclâmpsia, por exemplo.
Algumas alterações que acontecem no corpo da mulher durante a gravidez afetam a pressão arterial. Ao carregar um bebê, o seu sistema circulatório se expande rapidamente para que chegue sangue até a placenta, o que justamente causa a queda na pressão sanguínea. Inclusive, durante as primeiras 24 semanas de gravidez, é muito comum que haja essa diminuição na pressão arterial dela.
Além dessa condição normal da gravidez, existem outros fatores que são capazes de contribuir para a pressão arterial baixa, incluindo:
- Anemia;
- Sangramento interno;
- Desidratação;
- Problemas de coração;
- Reação alérgica;
- Repouso prolongado na cama;
- Certos medicamentos;
- Distúrbios endócrinos;
- Infecções;
- Deficiências nutricionais.
O que é considerada uma pressão baixa
Atualmente, as diretrizes afirmam que a pressão normal é de 120 mm Hg sistólica (o número superior) e 80 mm Hg diastólica (o número inferior). Esse é o famoso “12 por 8”.
Em relação à pressão baixa, os médicos determinam que os valores ficam abaixo de 90/60 mm Hg. A pressão arterial baixa, geralmente, não apresenta sintomas, tanto que algumas pessoas não se dão conta que possuem essa condição.
Os perigos da pressão arterial baixa durante a gravidez
Ao contrário da hipertensão, na maioria dos casos, a pressão arterial baixa na gravidez não é um motivo de grande preocupação, a menos que a mulher sofra com sintomas mais severos, como um desmaio ou uma queda.
Em relação à criança, alguns estudos sugerem que uma pressão arterial muito baixa durante a gravidez pode acarretar problemas, incluindo baixo peso ao nascer e até bebês natimortos. Mas, esses estudos não são conclusivos.
Sintomas da pressão baixa
- Tontura;
- Mãos geladas;
- Boca seca;
- Desmaio;
- Náusea;
- Cansaço;
- Sonolência;
- Visão embaçada;
- Transpiração fria;
- Sede incomum;
- Respiração rápida;
- Falta de concentração.
Diagnóstico e tratamento da pressão baixa na gravidez
O diagnóstico de pressão baixa é extremamente simples. Para isso, o médico coloca um manguito inflável em volta do braço do paciente e utiliza um medidor para calcular a pressão arterial. Além desse teste realizado em consultórios, também existem medidores vendidos em farmácias para serem usados em casa por quem desejar.
Geralmente, não há um tratamento para a pressão baixa durante a gravidez, já que ela não oferece grandes riscos. No entanto, se os sintomas forem graves ou se houver complicações para a saúde do bebê ou da mãe, o profissional indicará o melhor meio para contornar a situação. Felizmente, a pressão arterial começa a aumentar sozinha durante o último trimestre da gravidez.
Como aliviar os sintomas da pressão baixa na gravidez
As mulheres grávidas que apresentam pressão baixa e têm sintomas mais severos, como a tontura, devem tentar algumas dicas:
- Evitar se levantar rapidamente quando se está deitada ou sentada;
- Não ficar de pé durante muito tempo;
- Alimentar-se de 3 em 3 horas;
- Não tomar banhos muito quentes;
- Beber muita água;
- Usar roupas mais leves.
A pressão arterial pós-parto
Como dissemos, a pressão arterial deve retornar aos níveis de antes da gestação após o nascimento do bebê. Como cuidado extra para a saúde da mulher, os profissionais médicos verificam a pressão arterial frequentemente nas horas e nos dias após o parto, bem como nas visitas de retorno ao consultório.