Técnica genética de combate ao câncer

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Novo método 100% brasileiro de combate ao câncer, usa como base uma técnica de terapia genética, conhecida no exterior como CART-Cell. Esta técnica aumenta a esperança de pacientes que estão na luta contra o câncer.

O passo a passo da aplicação da Nova Técnica Genética  CART-Cell.

Infográfico do passo a passo da aplicação da técnica CART-Cell – Créditos: Saudável e Feliz.
Infográfico do passo a passo da aplicação da técnica CART-Cell – Créditos: Saudável e Feliz.

 

Esse método de combate ao câncer é construído a partir da manipulação das células do sistema imunológico. Ou seja, as células imunológicas do paciente são retiradas e reprogramadas para combater as células tumorais que estão em desenvolvimento no corpo.

O procedimento próprio de aplicação da técnica CART-Cell foi realizado pelos pesquisadores da USP. Em apoio, Fapesp (Pesquisa do Estado de São Paulo) e CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa).

Primeiro caso da nova técnica genética de combate ao câncer, realizado na América Latina.

Vamberto Luiz de Castro, 62, é funcionário público aposentado de BH e sofria de um linfoma terminal — Crédito: Hugo Caldato/Hemocentro RP/Divulgação
Vamberto Luiz de Castro, 62, é funcionário público aposentado de BH e sofria de um linfoma terminal — Crédito: Hugo Caldato/Hemocentro RP/Divulgação

Vamberto Luiz de Castro, 63 anos, funcionário público aposentado. Deu entrada no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto, no dia 09 de setembro. Se queixava de fortes dores, dificuldades para se locomover e perda de peso. Seu estado clínico era considerado terminal, uma vez que, o câncer localizado no sistema linfático havia se espalhado para os ossos.

Anteriormente, Vamberto já havia passado por procedimentos como quimioterapia e radioterapia, porém não obteve avanço algum com esses tratamentos.

Ao chegar no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto, o aposentado foi submetido a uma justura da técnica do CART-Cell. As células do paciente foram reprogramadas com um vírus, para que os tumores que estavam em seu corpo fossem identificados. Para isto ser possível o sistema imunológico do paciente foi derrubado.

Após procedimento, a equipe médica garantiu que o aposentado havia superado o estado crítico do tratamento, não apresentando os linfonodos no pescoço. Os sinais de melhora possibilitaram ao paciente a previsão de alta no dia 12/10. Além de detectar a presença das células CAR-T no paciente.Evidência de que a nova técnica funcionou.

Outros pacientes serão submetidos a nova técnica, que está em fase de experimental. Os pesquisadores afirmam que a resposta clara à terapia, se total ou parcial, só poderá ser dada após três meses.

Método aplicado no SUS

O tratamento ainda não está disponível no sistema público de saúde e no privado. Para o paciente ser atendido no hospital universitário foi necessário a aprovação de uma comissão de ética.

Dimas Tadeu Costa, coordena o Centro de Terapia Celular do HC de Ribeirão, e afirma que a nova metodologia, num futuro, poderá ser acessível no SUS, uma vez que possuam laboratórios controlados com infraestrutura adequada.

Além de tudo dito acima, afirmam que, a Anvisa precisa avaliar se o novo método cumpre os requisitos regulatórios previstos por ela.

O estudo compassivo deve continuar e incluíra mais 10 pacientes nos próximos meses. Este estudo compete modalidades de tratamentos ainda não aprovados no país, para casos que não possuem mais alternativas disponíveis.

E se as pesquisas e etapas de estudos continuarem mantendo-se promissoras, o tratamento de combate ao câncer poderá ser adotado em larga escala com adaptações nos laboratórios de produção, diz Covas.

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