Tic-tac, tic-tac! É o som do relógio biológico correndo e as transformações no corpo acontecendo. Veja o que a passagem do tempo faz com o corpo feminino.
O que é o relógio biológico?
Todos os seres vivos possuem um ciclo de descanso e atividade, relacionados aos períodos do dia e da noite. Entre os animais, esse ciclo, denominado circadiano (por volta de 1 dia) oscila entre 23 e 26 h.
O “tempo” dos seres humanos, com pequenos desvios, dá uma volta a cada 24 h e 18 min. Como o relógio avança todos os dias esses 18 minutos, o corpo se recupera com mais facilidade de viagens longas para o leste (direção em que o fuso horário aumenta) do que para oeste. Isso implica que entrar no horário de verão, quando o relógio é adiantado em uma hora, torna-se mais difícil do que sair dele.
“Todo dia, os minutos extras do nosso ciclo circadiano são ajustados conforme as atividades e a quantidade de luz a que somos submetidos. Se ambas são intensas pela manhã, o ciclo encurta. Atividades no fim da tarde ou à noite o expandem.”
— John Araújo, fisiologista.
Infância – adolescência
Desde os primeiros momentos da vida o corpo feminino passa por mudanças, tendo primeiramente a transição da infância para a puberdade. Nesta fase de desenvolvimento, iniciam-se o crescimento (altura), o desenvolvimento dos seios, afinamento da cintura, aumento do quadril, aparecimento de pelos (principalmente nas axilas e na região íntima), ocorrência da primeira menstruação, aumento do tamanho uterino, etc.
Adolescência – fase adulta
A bióloga Mariana Araguaia aponta que a fase adulta começa aos 21 anos de idade. Neste período, as mudanças decorrentes da adolescência já se estabilizaram, tendo uma estabilidade na transição corporal, mas uma alteração psicológica, já que a responsabilidade aumenta significativamente. Além disso, este é o período em que normalmente a mulher escolhe pra ter filhos, então mais transformações vêm por aí, como:
- cansaço;
- sonolência;
- enjoo;
- mamas pesadas ou doloridas;
- vontade mais frequente de urinar;
- prisão de ventre;
- aumento ou redução do desejo sexual;
- mudanças na pele;
- digestão lenta;
- aceleração cardíaca;
- mal-estar causado por falta de ar, dor nas costas e ligamentos distendidos;
- inchaço;
- retenção de líquido;
- estrias;
- varizes.
Fase adulta – velhice
A transição da fase adulta para a velhice nem sempre é fácil para a mulher, já que apresenta vários sinais incômodos, como algumas dores ou problemas de saúde. Veja abaixo quais são os indícios do envelhecimento.
1. Envelhecimento dos músculos
Com a chegada avançada da idade no nosso relógio biológico, os músculos tendem a encolher e perder massa. Este é um acontecimento natural, porém, o sedentarismo pode acelerá-lo.
Neste processo, o número e o tamanho das fibras musculares também diminui, por isso a musculatura demora tanto para responder quando se chega na casa dos 50.
O conteúdo de água nos tendões (cordões que prendem unem o músculo ao osso) diminui com a idade, tornando o tecido mais rígido e reduzindo a capacidade de tolerar esforços, até mesmo comuns na rotina, como virar a chave da porta ou servir uma bebida de uma garrafa.
No caso do músculo cardíaco, a potência ejetora de sangue para o organismo cai. Isso implica que a pessoa cansa com mais rapidez, consequentemente levando um tempo maior para recuperar-se de pequenos esforços.
2. Envelhecimento dos ossos
Ao longo da vida, o sistema ósseo passa constantemente por um processo de absorção e formação, o qual é dado o nome de remodelagem. Ao passar do tempo, este procedimento se altera, resultando numa redução do tecido dos ossos.
O conteúdo mineral ósseo cai, reduzindo a densidade dos ossos e fragilizando-os, tornando propício o desenvolvimento da osteoporose. Na coluna, a osteoporose pode levar à fratura vertebral por simples pressão, por isso ela é tão frequente em pessoas idosas.
3. Sinais na pele
Os sinais do envelhecimento na pele são os mais visíveis, já que a cútis fica seca e fina, e costumam aparecer:
- manchas acastanhadas;
- rugas;
- linhas de expressão;
- flacidez.
Para retardar o aparecimento destas fissuras na pele, é muito importante ingerir vitamina C e passar protetor solar.
4. Dores nas articulações
A cartilagem é o tecido que protege os ossos, evitando o atrito entre eles. Com a idade, há diminuição do seu conteúdo de água, tornando-a mais suscetível ao esforço e propiciando a artrite.
Os ligamentos, que são formados pelo tecido conjuntivo entre os ossos também se tornam menos elásticos, o que causa a redução da flexibilidade.
5. Queda hormonal
Neste período é comum a mulher ser acometida pela principal consequência das quedas hormonais: o climatério. A baixa produção hormonal, principalmente de estrogênio e progesterona, causa os sintomas da menopausa, como: fogachos, tontura, secura vaginal, insônia, osteoporose, sudorese, incontinência urinária, ganho de peso, etc. Isso ocorre pois o corpo começa a se preparar para a fase não fértil, onde a mulher não menstrua mais.
Nesta período, a velocidade com que o organismo converte alimento em energia também é reduzida. Isso pode levar a um acúmulo de gordura e a um aumento do colesterol ruim.
6. Cabelo grisalho à branco
Ao passar do tempo, o corpo tende a reduzir a produção de melanina, responsável pela coloração de pele, olhos e cabelos, além da proteção contra os raios solares. Essa proteína é fabricada por células corpóreas denominadas de melanócitos e, quando se inicia o processo de envelhecimento, sua capacidade vai diminuindo gradualmente, até encerrar-se completamente, tendo como consequência a descoloração natural dos cabelos.
Não tenha medo do envelhecimento
É importante ressaltar que o envelhecimento é algo natural da vida e é uma fase em que a pessoa apresenta mais experiência e maturidade, além do que, o espírito não envelhece.
O importante é não ceder ao sedentarismo ou comer qualquer alimento só porque a idade chegou. Opte por fazer exercícios físicos e manter uma dieta saudável, envelhecer de forma sadia é sinônimo de alegria.
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