8 Riscos da reposição hormonal masculina na Andropausa

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Descubra os riscos da reposição hormonal masculina na Andropausa e conheça formas saudáveis de lidar com o avanço da idade.
Descubra os riscos da reposição hormonal masculina na Andropausa e conheça formas saudáveis de lidar com o avanço da idade.

Assim como a menopausa para nós, mulheres, a andropausa representa uma queda na produção do hormônio no organismo masculino — no caso deles, é a testosterona. Mas diferente do que acontece com as mulheres, que deixam de menstruar quando entram na menopausa, não há uma marca clara para os homens que indique que eles chegaram à andropausa. A queda da testosterona pode começar entre 40 e 55 anos, mas não atinge todos os homens, por isso, há alguns que chegam aos 70 com o mesmo nível hormonal da juventude. Já os mais afetados pela andropausa, podem buscar ajuda médica e algum tipo de reposição hormonal masculina.

Nem todo homem que têm queda na produção de testosterona apresenta sintomas também. Estima-se que apenas 30% deles realmente terão algum problema com a queda nos níveis hormonais. Por essas e outras, diagnosticar a andropausa não é simples, já que seus sintomas podem se confundir com características próprias do envelhecimento e situações externas, como o estresse. A principal queixa masculina está relacionada à queda na libido e dificuldades sexuais, como problemas de ereção e ejaculação. Mas os sintomas também incluem cansaço, perdas de massa óssea, massa muscular e força física, aumento da gordura localizada, especialmente no abdômen, tristeza sem motivo aparente e tendência à depressão.

Em alguns casos há a indicação de reposição hormonal para os homens, que deve sempre ser feita com orientação médica. Porém, para eles essa terapia tem se mostrado ainda mais arriscada e alguns estudos não concluíram a total segurança da técnica, que deve ser feita de forma criteriosa — e não é indicada para todos os casos, uma vez que há inúmeros riscos que podem superar os benefícios.

Saiba mais sobre os perigos da reposição hormonal masculina:

Aumento do risco de câncer de próstata

A principal preocupação com a reposição hormonal masculina está no aumento do risco de câncer de próstata. A testosterona não causa o câncer, mas estimula o seu crescimento. Assim, o risco é de que a reposição hormonal alimente um possível tumor ainda não manifesto — ou que não fosse se manifestar —, estimulando o desenvolvimento desordenado de células doentes presentes na próstata. Os estudos ainda não concluíram essa ligação direta, mas demonstraram que homens com testosterona em níveis acima do normal apresentam duas vezes mais chances de desenvolverem câncer de próstata.

Outro indicativo, ainda não esclarecido desses riscos, está no fato de que homens que fizeram a reposição hormonal apresentaram um discreto aumento da próstata e uma elevação dos níveis de PSA — uma enzima que indica a presença de células cancerígenas e tumores na próstata.

Aumento do risco de doenças cardiovasculares

Um estudo feito pela Universidade de Boston foi interrompido pelo Comitê de Segurança após dez dos 106 participantes tratados com testosterona terem apresentado complicações cardíacas. Foi o primeiro estudo a demonstrar essa contraindicação.

A pesquisa foi realizada com 252 idosos, dividido em dois grupos (um que usava um gel com testosterona e outro que usava um placebo). Os homens tinham ao menos 65 anos, registros de baixa produção de testosterona, eram portadores de doenças crônicas e apresentavam restrições de mobilidade, como incapacidade de subir dez degraus ou andar dois quarteirões planos. O objetivo do estudo era identificar se a testosterona melhoraria a condição física do grupo tratado com a reposição hormonal.

Embora o número de pacientes que tiveram complicações cardíacas seja pequeno, o estudo é tomado como um indicativo dos riscos da reposição para homens que sejam portadores de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e que também apresentem problemas de mobilidade.

Riscos de desenvolver policitemia

A policitemia é uma condição em que há um aumento da produção de glóbulos vermelhos no sangue, o que o torna mais viscoso, dificultando sua passagem pelas veias e aumentando os riscos de formação de coágulo e infartos. A testosterona age como um estimulante na produção de células vermelhas, o que aumentaria o risco de desenvolvimento de policitemia em homens que fazem a reposição hormonal, especialmente com testosterona injetável ou em doses altas de uso tópico.

Intoxicação do fígado

Ainda que seja um evento relatado como mais raro, a reposição hormonal masculina feita na fórmula oral com os andrógenos fluoximesterona e metiltestosterona (hormônios sexuais masculinos) tem se mostrado altamente tóxica para o fígado.

O órgão não consegue metabolizar totalmente essas substâncias, o que pode causar tumores benignos (adenomas hepáticos), cistos, redução ou interrupção do fluxo da bile (colestases) e câncer.

Apneia do sono

O uso de altas doses de testosterona também está relacionado ao aparecimento ou piora da apneia do sono.

Retenção de líquido e sódio

A reposição hormonal masculina também favorece a retenção de água e sódio no organismo e é particularmente prejudicial para homens que tenham insuficiência renal, descompensação cardíaca ou hipertensão.

Infertilidade e redução dos testículos

Doses altas de testosterona também podem causar infertilidade e redução do volume dos testículos.

Tratamento natural para andropausa: não corra os riscos da reposição hormonal masculina.

Também para os homens é possível fazer uso de tratamentos e terapias alternativas à reposição hormonal para amenizar os sintomas da andropausa. A perda de massa muscular e massa óssea podem ser tratadas com a prática regular de exercícios físicos que estimulem o fortalecimento dos músculos e, consequentemente, também protegem os ossos. A ingestão de alimentos ricos em cálcio e magnésio, como leite e derivados, também auxiliam na absorção de cálcio e proteção dos ossos.

Uma alimentação saudável e balanceada vai ajudar a manter o peso, reduzindo o acúmulo de gordura localizada e melhorando a saúde em geral, controlando o colesterol e reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares.

Alguns alimentos auxiliam inclusive na melhora do desempenho sexual. É o caso dos aspargos, ricos em folato, uma substância que estimula a produção de histamina, responsável pela libido. O chocolate amargo, com no mínimo 70% de cacau, também ajuda a elevar a libido, pois contém feniletilamina, que ajuda na liberação de endorfinas. E as amêndoas também ajudam na melhora sexual como um todo, pois elevam naturalmente os hormônios masculinos.

Para os sintomas emocionais, a dica é investir em atividades sociais com os amigos e com a companheira. Se os sintomas de depressão forem acentuados, não deixe de buscar ajuda de um especialista.

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