A osteoporose é um mal que acomete muito mais pessoas do que podemos imaginar. Embora esta doença conste em índices maiores entre adultos e idosos, crianças e adolescentes não estão livres de desenvolver o problema, quando é oriundo de fatores genéticos. A menopausa e osteoporose estão ligadas.
Além da genética e menopausa, fatores como a alimentação e o estilo de vida podem contribuir com o seu aparecimento, bem como ter no histórico doenças que tornam o organismo suscetível a desenvolver a osteoporose. Antes de tudo, pretendo falar um pouco sobre a doença, para você que não conhece ter uma breve noção do que se trata realmente.
O que é osteoporose?
A osteoporose é uma doença que acomete todos os ossos dos organismos, causada por um quadro de diminuição progressiva da massa óssea, que causa diminuição da resistência dos ossos e tornando-os suscetíveis a fraturas, ainda que sejam resultantes de impactos e traumas leves. Atualmente, podemos apontar dois tipos de osteoporose dentro do conceito de osteoporose primária, sendo elas:
Tipo I (ou pós-menopausa)
Exclusiva do sexo feminino, a relação entre menopausa e osteoporose está associada à insuficiência do hormônio estrogênio. Acomete cerca de 25% das mulheres após as duas primeiras décadas depois do início da menopausa. Este tipo de osteoporose apresenta um aumento progressivo da massa óssea após este período, causando possibilidades de fraturas nos ossos da coluna vertebral, na pelve, nos ossos longos, nas costelas, quadris e também nos punhos.
Tipo II (senil ou de involução)
Este tipo pode atingir tanto homens quanto mulheres acima dos 70 anos com possibilidade de fraturas na coluna vertebral, pelve, ossos longos, costelas, quadris e punhos, bem como na osteoporose tipo I.
Estes dois tipos de osteoporose são classificados em um conceito maior, de osteoporose primária, que é caracterizado por quadros fixos de pacientes que se encaixam nas faixas etárias e no sexo em questão. A osteoporose pode também ser conceituada como osteoporose secundária, que é associada à causas variáveis da doença que fogem das idades, sexo e também dos quadros apresentados na osteoporose primária. Como causas e características da osteoporose secundária, podemos apontar:
- Enfermidades do sistema endócrino
- Câncer
- Doenças inflamatórias do intestino
- Cirurgias gástricas
- Sedentarismo
- Ingestão de alguns tipos de medicamentos (heparina, corticosteroides, retinoides, extratos tireoidanos, lítio, cádmio, metotrexate, hidantoinatos e gardenal)
- Doenças renais
- Doenças difusas do tecido conectivo
- Síndrome de má absorção
- Baixa ingestão de cálcio
A osteoporose secundária pode, além do enfraquecimento ósseo, levar também a outras complicações com o passar do tempo, como distúrbios da absorção de cálcio pelo intestino, diminuição dos níveis de estrogênio, perda de massa muscular e outras. Infelizmente a osteoporose não tem uma cura definitiva e o tratamento da doença consiste, principalmente, em medicação, suplementação, uma dieta rica em cálcio e alguns exercícios físicos que ajudam a fortalecer os ossos mas não oferecem risco de queda ou trauma.
Combatendo a menopausa e osteoporose com atividade física
Como você pôde ver na lista de causas da osteoporose secundária, há duas delas que são evitáveis: sedentarismo e baixa ingestão de cálcio. É importante nos conscientizarmos de que devemos fazer tudo o que pudermos para evitar contrair uma doença como a osteoporose, que não tem cura. É um mal com o qual você terá que lidar pelo resto da vida! Por isso, se você não possui nenhum dos outros problemas que a causam e que são inevitáveis, há certamente o que você pode fazer para prevenir a doença.
Caso você já a possua, pode também tomar algumas medidas que atenuem o problema e lhe proporcionem uma melhor qualidade de vida! Seguir uma boa dieta pode ser o primeiro passo. Incluir alimentos ricos em cálcio em sua alimentação diária fará com que você prepare o seu organismo para fazer algumas atividades físicas recomendadas para pessoas com osteoporose, que é o segundo passo! Confira a seguir algumas recomendações de atividades físicas que poderão melhorar a sua condição!
Exercícios que ajudam no ganho de densidade óssea:
Caminhada
A caminhada auxilia principalmente na manutenção da densidade óssea, garante um maior ganho de equilíbrio, perda de peso (o que alivia os ossos) e também uma melhora na coordenação motora. Os riscos de quedas e traumas são mínimos e ainda menor depois que você começa a caminhar.
Dança
As atividades com dança possuem foco na cintura, coluna e pernas, sendo uma excelente aliada contra a osteoporose por retardar a perda mineral óssea. É importante também escolher os tipos de dança que não apresentam riscos de quedas ou traumas. Dança de salão, sh’bam, zumba e dança contemporânea são boas indicações para quem sofre de menopausa e osteoporose.
Musculação
A musculação também ajuda a aumentar a densidade óssea, bem como a tonificar os músculos e fortalecê-los, ajudando o organismo tanto na menopausa e osteoporose. É importante lembrar que a musculação deve ser praticada com a ajuda de profissionais capacitados, sempre com atenção a não extrapolar os limites.
Outras atividades
Você pode fazer atividades de baixa intensidade como natação, hidroginástica, yoga e ciclismo, caso já tenha o hábito e goste bastante, pois ajuda a fortalecer e garante a saúde do corpo como um todo. No entanto, no caso da osteoporose estes exercícios não impactam de forma satisfatória no fortalecimento dos ossos. Lembre-se também de evitar atividades de alta intensidade, flexão (abdominais) e torção. Atividades comuns recomendadas:
Subir escadas
As escadas são recomendadas para a menopausa e osteoporose porque há estímulo de produção de massa óssea e também fortalecimento muscular das pernas. No entanto, não se trata de uma atividade física propriamente dita. Não é recomendável que você vá para uma escadaria e se exercite nas escadas durante um longo tempo. Porém, você pode trocar os elevadores e rampas pelos degraus, sempre tomando bastante cuidado com possíveis quedas.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da USP, 70% das mulheres e 85% dos homens que já apresentaram uma fratura por fragilidade óssea desconheciam que as causas eram a osteoporose, por isso é importante ficar atento aos sinais.
Lembrando que essas são recomendações gerais. É fundamental que você procure orientação de especialistas como: médico, nutricionista e um profissional de educação física. Toda a orientação individual é sempre a melhor opção.
Esperamos que tenham gostado do nosso conteúdo sobre menopausa e osteoporose.