Nevralgia do trigêmeo – A dor que mais dói!

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A nevralgia do trigêmeo ao lado da pós-herpética sãos os tipos mais comuns de nevralgias, bem como os que mais acometem a população. É a algia atrelada ao nervo trigêmeo, recebe este nome, pois ele possui uma ramificação tripla. Assim como os outros tipos, esse também acomete pessoas com mais de 50 anos, em particular as que já adentraram a sexta década de existência.

“O conceito de pessoas mais velhas tem mudado bastante ultimamente. À medida que vamos chegando nessa faixa etária, empurramos seu início para depois. De qualquer modo, é acima da sexta década de vida que prevalece a nevralgia do trigêmeo. Em geral, mais de 60% dos pacientes que apresentam neuralgia do trigêmeo estão acima dos 60 anos de idade.” 

-Cláudio Fernandes Corrêa, Neurocirurgião.

Em qual lugar fica o nervo trigêmeo?

Esse nervo fica na face, e é responsável por garantir quase todas as inervações sensitivas para o rosto. Para se ter uma noção da sua importância para alguns sentidos básicos, o trigêmeo está envolvido e dá suporte para o:

Ou seja, ele contribui para a dinâmica das quatros funções sensoriais a seguir:

Causas que levam a nevralgia do trigêmeo

Inúmeras são as causas que podem levar à nevralgia do trigêmeo, todavia, é importante ressaltar que de uma maneira direta ou indiretamente, elas estão vinculadas ao desgaste da bainha de mielina, que é uma capa protetora do nervo.

“Apesar de já ter sido descrita antes de Cristo, a neuralgia do trigêmeo ainda continua provocando polêmica. Como prevalece na população mais idosa, acredita-se que a bainha de mielina que envolve os nervos se perca com o passar do tempo. É um processo degenerativo. Assim como um fio que perdeu a capa envoltória isolante, em determinado ponto do nervo ocorre uma descarga elétrica.”

-Cláudio Fernandes Corrêa, Neurocirurgião. 

Veja algumas causas, que podem desgastar a bainha de mielina, ou propagarem um quadro infeccioso que também poderá contribuir para o desencadeamento da dor:

 “Portanto, a neuralgia do trigêmeo resulta provavelmente da perda da bainha de mielina que envolve o nervo trigêmeo e que, depois de perdê-la, pode sofrer descargas elétricas. É assim que se explica para o paciente que se refere a um choque, a uma dor semelhante a uma fisgada, a uma pontada num dos três territórios da face por onde passa o nervo trigêmeo.

-Cláudio Fernandes Corrêa, Neurocirurgião. 

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Nervo trigêmeo e as suas ramificações.

Sintomas e tratamento

O sintoma mais comum é a dor que pode ser continua, ou intermitente, portanto, pode apresentar um intervalo ou não. É comum o relato de que o simples ato de tossir, espirrar, falar, deglutir, ou até mesmo um banal toque na pele pode desencadear a algia. A dor ainda pode ser acompanhada por:

  • Espasmos dos músculos;
  • Congestão nasal;
  • Congestão conjuntiva;
  • Lacrimejamento;
  • Salivação;
  • Miose;
  • Otalgia;
  • Distúrbio de gustação e glutição;
  • Dores na nuca.
Você sabia?

Que a dor de dentes é quase sempre o ponto de partida das grandes nevralgias, entretanto, isto leva muitas vezes o paciente a submeter-se a muitas e inúteis extrações dentárias, e o problema de fato não é diagnosticado.

Já o tratamento para nevralgia trigêmea levará em consideração, como se evolui o quadro da dor. Existem casos em que a causa que promoveu o distúrbio não pode ser tratada, portanto, a terapêutica será direcionada apenas no alívio da algia. Mas, para os cenários em que seja possível direcionar uma ação para sanar a causa, o especialista tratará primeiro do gatilho, para depois buscar recursos para eliminar a dor. Podem ser administrados as técnicas a seguir também:

Neuralgia e a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é constituída pela destruição da proteção dos nervos, a famosa bainha de mielina. Com isso fica evidência a correlação entre neuralgia e a esclerose múltipla.

“É bom lembrar que 5% dos pacientes com esclerose múltipla, doença com maior prevalência hoje porque as pessoas vivem mais, apresentam também neuralgia do nervo trigêmeo causada por placas depositadas no nível do gânglio trigeminal ou no próprio nervo trigêmeo. Quando a esclerose múltipla afeta também o nervo trigêmeo pode desencadear um quadro neurálgico.”

-Cláudio Fernandes Corrêa, Neurocirurgião. 

Você conhece alguém que sofreu com a nevralgia do trigêmio? Como ela relatou a dor? Como foi o processo terapêutico? Nós queremos saber. Deixe o seu comentário. Participe!

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