Ciúme é bom ou ruim?

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O tema de hoje é polêmico e divide opiniões: sentir ciúme é bom ou não? Alguns afirmam que o constante ciúme é sufocante na relação, mas tem também quem diga que o ciúme é um bom sinal, já que ele demonstra o afeto e amor que a pessoa sente pelo parceiro.

Ao longo desse texto, vamos debater sobre os reflexos do ciúme em uma relação, expondo opiniões positivas e negativas sobre tal comportamento para te ajudar a entender melhor o assunto. Vamos lá!

Ciúme é bom ou ruim? Vamos refletir.

Ciúme é um sentimento ligado principalmente ao medo de perder alguém amado para uma terceira pessoa. Logo, o principal motivo que desencadeia essa sensação é preservar o relacionamento.

Porém, é bem complicado categorizar esse desejo de preservar o relacionamento. Até que ponto esse desejo de exclusividade é tolerável? Muitas pessoas falam sobre ciúme é bom e saudável, mas cá entre nós, a ideia de ciúme saudável é bem subjetiva, para algumas pessoas certas atitudes do tipo ler as mensagens no celular do outro é um absurdo, enquanto para outros é algo aceitável.

Existe uma linha tênue entre ciúmes como prova de amor e como sinônimo de insegurança. Por isso, é fundamental que o próprio casal defina quais são os limites dessa linha, afim de equilibrar as situações de ciúmes e não deixar esse sentimento prejudicar o relacionamento. Para ilustrar situações em que o ciúme vai além do limite, leia com atenção o tópico a seguir.

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Quando o ciúme é considerado uma doença.

Conhecido como ciúme patológico, o ciumento assume um papel possessivo, afim de controlar os sentimentos e comportamentos do parceiro, resultando na limitação da liberdade do outro e censurando qualquer atividade que o parceiro queira fazer sem que o ciumento esteja presente.

Pessoas que sofrem com ciúme patológico costumam agir de forma exagerada sem motivo plausível, são bem inseguros e podem se comportar de forma paranoica em casos mais intensos. O mal-estar da dúvida paira pela cabeça dessas pessoas, levando a pessoa a fantasiar certas situações, provocando assim a necessidade de checar a fundo se as suas preocupações têm fundamento.

Ações como acessar o celular do companheiro e verificar e-mails, ligações e mensagens são algo comum para essas pessoas, além de querer saber os motivos e os assuntos das conversas. Perguntas como ‘‘aonde você vai’’, ‘‘com quem’’, ‘‘fazer o que’’, ‘‘para onde’’ acontecem constantemente, resultando até na tentativa de impedir com que o companheiro saia. E se acontecer um atraso então, pior ainda! Brigas e discussões podem fazer parte da rotina, desgastando e muito o relacionamento.

O resultado disso são duas pessoas sofrendo, o ciumento com a sensação de dúvida eterna sobre suas inseguranças, alimentando o seu próprio estresse, ansiedade e baixa autoestima. E a vítima do ciúme, que muitas vezes acaba cedendo e não impondo os limites para o ciúme afim de evitar brigas, cometendo assim um grande erro, já que essa pessoa acaba se limitando, se afastando de pessoas que gosta, perdendo sua liberdade e o pior, não tem previsão de melhorar, já que a sensação permanente de dúvida e insegurança do ciumento só vai exigir cada vez mais do parceiro.

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Como controlar o ciúme?

Se você se identificou muito com algumas atitudes citadas acima, uma terapia pode ajudar, a opinião de um profissional pode entender a fundo os traços psicológicos do ciumento(a) e indicar um tratamento adequado, podendo envolver até medicação.

Agora, se você se considera uma pessoa ciumenta, mas não se encaixa no perfil de ciúme patológico, veja as nossas dicas valiosas que podem te ajudar a controlar esse comportamento:

Tenha uma autoestima elevada.

Se o seu parceiro está com você, é porque você tem qualidades que o atraem, ou seja, valorize-se! Não tenha complexo de inferioridade, os outros não são melhores do que você, você é única e não precisa se comparar com os outros o tempo todo.

Não considere o sentimento de posse como algo normal.

Segundo a Blenda Oliveira, psicóloga, psicanalista e psicoterapeuta, ‘‘o ciumento pensa que o outro é propriedade dele, ele precisa manter as pessoas que ama por perto e tem que saber de tudo, vasculhando, como se a pessoa amada fosse um objeto’’.

Pense que ter a pessoa ao seu lado é fruto de carinho e admiração, logo precisa-se renovar todos os dias, atitude bem diferente que controlar e manipular as pessoas.

Determine limites ao seu ciúme.

Esse exercício resume-se em dosar as suas reações e impulsos. Sabemos que essa tarefa está longe de ser simples, afinal quando o ciúme vem com muita força podemos perder a razão ultrapassar os limites, podendo até colocar o parceiro em situações complicadas. Lembre-se em tentar se colocar na situação do outro e tentar ser discreto na frente dos outros, para não criar um clima chato.

Não cultive fantasias ciumentas.

Pessoas ciumentas costumam imaginar situações em que o seu parceiro é assediado e como elas reagiriam em relação a isso, até em sonhos isso pode acontecer, já que a ideia martela tanto na cabeça que a tensão é mantida na hora do sono. ‘‘Não devemos transferir nossas neuras e inseguranças para o nosso companheiro’’, afirma Fátima Repanas, terapeuta.

Tenha um diálogo sincero e aberto sobre seus sentimentos.

Uma boa conversa no dia a dia ajuda a aliviar as tensões causadas pelo ciúme. Ás vezes, uma atitude que parece ser normal para um pode irritar e muito o seu companheiro. E só o diálogo revela isso, por isso a importância de se abrir com a pessoa amada e novamente, se colocar no lugar do outro.

Equilíbrio é a chave!

Hoje, focamos nos reflexos do ciúme em uma relação amorosa, porém vale a pena lembrar que o ciúme pode se manifestar através de amigos, família, colegas de trabalho, animais e até objetos. Por isso, manter o equilíbrio nas nossas ações é fundamental.

Afinal, todos nós queremos ter a tão desejada liberdade, mas se estamos ao lado de quem a gente ama, é melhor ainda! Compartilhe esse texto e comente abaixo, nenhum de nós precisa conviver com o sentimento de dúvida. Cuide-se!

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